Licença maternidade ameaçada
O governo brasileiro está tendendo a defender na próxima reunião da OIT (Organização Internacional do Trabalho) a licença maternidade de 14 semanas, recusando-se a liderar uma corrente internacional que defende que os países adotem o mesmo período já existente no Brasil (17 semanas ou quatro meses).
Esta posição do governo brasileiro neste fórum internacional não significa que a licença maternidade será reduzida de imediato, pois ela está prevista na Constituição. Porém, abrirá brechas para que os empresários pressionem o governo a implantar aqui dentro o mesmo que ele defendeu lá fora. Além disto, pelo fato de já existir uma licença de quatro meses aqui no país, o Brasil poderia fortalecer a proposta que várias entidades sindicais internacionais defendem de que a licença maternidade deva ser de 17 semanas.
Por esta razão, várias lideranças sindicais têm discutido esta questão para encontrar maneiras eficazes de pressionar a delegação brasileira que irá à OIT a mudar de posição. A preocupação maior é que as mulheres são pouco representadas nestas reuniões e, assim, seus direitos não se fazem ouvir da forma que se deveria.
No dia 13 de maio, às 14h, em frente à Câmara Municipal de São Paulo, haverá uma grande manifestação em defesa da licença maternidade de quatro meses. O departamento feminino do Sindicato convida todas as companheiras para participar desta manifestação. Se nós não lutarmos pelos nossos direitos, quem os garantirá?
|