Amamentação e gravidez, de que forma estão interligadas
Na edição anterior, escrevemos sobre alguns benefícios do aleitamento materno para os bebês e para as mães. Agora, vamos, passo a passo, refletir sobre este tema tão complexo e tão nobre.
Iniciemos pela gravidez. A gestação é um período de transformação que afeta a mulher e as pessoas a sua volta, promovendo mudanças nas relações conjugais, familiares e sócio-econômicas.
A mulher vai ficando cada vez mais preocupada consigo mesma e com o bebê que virá. Muitos medos aparecem, como o medo do parto, se seu filho nascerá saudável, se será ou não uma boa mãe. E tudo isto se intensifica, dependendo de como surgiu esta gravidez: se foi planejada ou não, se desejada ou não, se ocorreu dentro de uma relação estável, se a gestação é normal ou de risco.
Enfim, conforme o grau de comprometimento com a gravidez, a mulher terá um tipo de relação com seu bebê.
As fantasias e ansiedades com relação à amamentação também são comuns: se o peito terá muito leite ou não, se será suficiente para amamentar o bebê, se será “forte” para nutrí-lo, se o seio ficará flácido e caído, se interferirá no relacionamento do casal ou com os outros filhos, se prejudicará a vida profissional da mulher.
Seja como for, estes fatores não podem ser esquecidos, pois são reais para algumas mulheres que terão ainda de decidir se irão ou não amamentar e por quanto tempo indo de encontro à questão da saúde do bebê.
Como o assunto é amplo, continuaremos na próxima edição a refletir sobre este assunto que mesmo parecendo que não, é muito polêmico. Se vocês tiverem dúvidas ou quiserem contar sua experiência, ligue para nós.
Cirlei Célia Gomes é psicóloga e pesquisadora na área da Saúde da Mulher e da Criança. Telefone: 5188-3838, código 65192 (BIP/recados)
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