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Em defesa da qualidade total
Venho através deste fazer algumas considerações a respeito do artigo publicado no Informequim, Março de 2000, escrito pelo Sr. Antonio Silvan Oliveira. A busca pela qualidade não “aparece para os empresários como uma porta de acesso ao mercado globalizado”. Ela é uma porta de acesso ao mercado globalizado. Para que nossos produtos possam competir, sua qualidade tem que ser reconhecida mundialmente. A idéia de que os empresários visam única e exclusivamente reduzir os custos substituindo o ser humano pela máquina não tem fundamento. Essa substituição não é consequência dos programas de qualidade. É, sim, uma tendência mundial. A tecnologia está aí, a globalização é a grande responsável pelas mudanças nas empresas. Como se pode atribuir aos programas de qualidade a responsabilidade pelo aumento do desemprego, violência, miséria, etc? É um absurdo.
Cláudia Paiva (e-mail: claudia_paiva@bol.com.br)
Que qualidade total?
Agradecemos a contribuição da leitora Cláudia Paiva para o debate. Porém, reafirmamos a nossa posição de que a busca pela qualidade total hoje pela maior parte dos empresários visa unicamente o enxugamento de custos que tem como consequência o desemprego. Isto é um fato demonstrado por todas as estatísticas. Quanto ao investimento em educação, concordamos que ele é necessário, tanto é verdade que este Sindicato vem se esmerando na implantação de projetos de educação e qualificação profissional em parcerias com outras entidades. Porém, o interessante é que quando se fala em investir em educação, pensa-se em recursos. E recursos públicos advém dos impostos. Quem é que vem mais resistindo em pagar os impostos, que vem inventando fórmulas de sonegação fiscal, entre outras? Não serão os mesmos empresários que hoje falam em qualidade total? Quantos destes empresários investem em educação, em qualificação profissional ou mesmo pagam seus impostos de forma correta? A minoria com certeza.
A Redação.
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