informequim jornal dos químicos de Guarulhos e região |
Órgão oficial do STI Químicas, Farmacêuticas, Abrasivos, Material Plástico, Tintas e Vernizes de Guarulhos, Mairiporã, Caieiras, Franco da Rocha e Francisco Morato - Rua Francisco Paula Santana, 119 - Tel. 209-7800 - Guarulhos (SP) Dir. Resp.: Antonio Silvan Oliveira - Jorn. Resp.: Dennis de Oliveira (MTb.18.447-SP) Ano XIV - nº 54 - Abril de 2000 |
Um homem não tem honra E sem a sua honra, Se morre, se mata! (Raimundo Fagner – “Guerreiro menino”) É simples raciocinar sobre isto. Todos os projetos de vida que um trabalhador constrói para si e para sua família dependem de seu trabalho. É uma realização pessoal quando o trabalhador consegue, fruto do seu esforço pessoal, construir um patrimônio, propiciar conforto aos seus familiares, subir na carreira, ver seus filhos progredirem nos estudos graças a este apoio que ele dá, entre outras coisas. A honra do trabalhador está no fato dele estar no mercado de trabalho e, por esta razão, suprindo as suas necessidades e as da sua família. Cortar isto pela raiz como está sendo feito atualmente é acabar com a sua auto-estima. Como se sente um trabalhador que vê seu filho chorando de fome e ele sem condições de resolver este problema? Se sente um inútil, um incapacitado, uma pessoa que não consegue dar conta das suas obrigações. Daí para o ingresso na auto-destruição do alcoolismo, das drogas, da violência e até mesmo da criminalidade não é muito. Este é o preço da modernidade que teremos que pagar? Será que ser moderno é estar inserido num pretenso mercado globalizado e, internamente, conviver com problemas sociais cada vez maiores? E chega um presidente da República, que iniciou sua carreira política no campo da esquerda, apoiou os movimentos grevistas do ABC nos anos 70, defendeu a democracia nos anos de repressão militar, com formação acadêmica e diz: o salário mínimo é 151 reais e ponto, vetarei qualquer outra proposta! Autoritário, anti-social, desrespeitoso com os trabalhadores e os aposentados que ganham a miséria do salário mínimo. E seu ministro da Fazenda completa dizendo que 151 reais dá para comprar a cesta básica e ainda sobra! Que país é este que estes senhores estão falando? Com certeza não é o mesmo que nós, trabalhadores vivemos. Antonio Silvan Oliveira (presidente) |