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Ano XIV - nº 57 - Julho de 2000

Aids cresce mais entre as mulheres

Dados mais recentes mostram que o número de mulheres infectadas com o vírus HIV cresceu 3,6% entre novembro de 99 e fevereiro deste ano


A relação entre homens e mulheres com Aids no país caiu de 3 por 1 para 2 por 1, de novembro de 99 para fevereiro de 2000. Não se trata, no entanto, de uma boa notícia. Segundo a coordenação de DST/Aids do Ministério da Saúde, a queda foi provocada pelo aumento no número de mulheres infectadas pelo HIV. O número de mulheres com Aids no Brasil subiu de 44.151 em novembro de 99 para 45.739 em fevereiro de 2000. Um aumento de 3,6%. “A tendência é que a médio prazo a razão seja de 1 por 1”, disse Paulo Roberto Teixeira, coordenador do programa de DST/Aids.

Os números foram divulgados durante o 13º Congresso Mundial de Aids, em Durban, na África do Sul. O número de casos totais cresceu 2,77% em três meses (de novembro a fevereiro), passando de 179.541 para 184.506.

A razão entre homens e mulheres vem caindo desde o começo da epidemia, em 1985, quando a proporção era de 25 homens para 1 mulher. “Se a taxa se manter em 1 por 1, já é um grande progresso”, disse Teixeira. “Pois os números mostram que a tendência é que a proporção inverta”.

Ele diz, no entanto, não acreditar que haja uma inversão no Brasil, em que mulheres estejam mais infectadas que os homens. Ele explicou que os casos de Aids registrados hoje são referentes a uma infecção de anos atrás. “O impacto das ações que o Ministério da Saúde está tomando deverá surgir em um futuro próximo”, disse.

Nem todos estão otimistas. “Não podemos esquecer que estamos nivelando por baixo. O número de mulheres infectadas está crescendo e precisamos prestar mais atenção a esse fato”, diz Maria Christina Lyrio de Figueiredo, médica que integra a assessoria estadual de Aids da Secretaria Estadual da Saúde do Rio de Janeiro.

Segundo ela, mulheres com Aids representam um impacto maior no país. “Muitas mulheres contraem o HIV em idade fértil. Isso pode ser comprovado pelo número de gestantes contaminadas, que está aumento”.

A principal forma de contaminação entre crianças com menos de 13 anos é por meio da transmissão vertical (de mãe para filho). Em novembro de 99, 6.168 tinham Aids. Em fevereiro, o número subiu para 6.580 -um aumento de 6,68%.

Para reduzir a transmissão vertical, o Ministério da Saúde lançou em junho deste ano uma campanha de humanização do parto. A campanha garante uma gratificação para as instituições públicas que completarem uma rotina que inclui seis consultas pré-natais e testes anti-HIV e anti-sífilis para cada gestante.

Segundo Teixeira, a ponte entre o HIV e as mulheres tem sido, principalmente, os usuários de drogas. Os maridos ou parceiros são usuários e contraíram o vírus dividindo agulhas. “A maior parte das mulheres contaminadas que atendo pegaram o HIV de seus maridos”, disse. São mulheres em relações monogâmicas que não cogitam a possibilidade de serem infectadas pelos maridos. O número de homens com Aids também aumentou. Cresceu 2,16% de novembro de 99 a fevereiro de 2000, passando de 135.390 a138.321.

“A epidemia está crescendo”, disse Maria Christina.

“Não bastam as campanhas. É preciso criar uma cultura de prevenção. Falar sobre Aids em casa e no trabalho”.






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