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Órgão
oficial do STI Químicas, Farmacêuticas,
Abrasivos, Material Plástico, Tintas e
Vernizes de Guarulhos, Mairiporã, Caieiras,
Franco da Rocha e Francisco Morato - Filiado à
Central Força Sindical
- Rua Francisco Paula Santana, 119 - Tel. 209-7800
e 6463-2244 - Guarulhos (SP) - Dir. Resp.: Antonio
Silvan Oliveira - Jorn. Resp.: Luís Alberto
Caju (Mtb.19.281-SP)
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Mulher
usa versatilidade na luta contra o desemprego
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Sindicato
promoveu evento do Dia Internacional da Mulher no Jardim
Maria Dirce
A
criatividade é a arma usada pelas mulheres para
enfrentar a perda do trabalho. De acordo com a diretora
do Sindicato dos Químicos de Guarulhos e Região,
Vilma Pardinho, a mão-de-obra feminina vai à
informalidade vender salgadinhos, bordados, artesanato
ou realizar qualquer tipo de serviço visando garantir
o sustento da família. “Em Guarulhos, a maioria
dos informais é constituído de mulheres.
Com o homem é diferente. Ele não aceita
realizar outra função. Às vezes fica
dois anos procurando trabalho numa mesma função”,
comparou.
Segundo Vilma, essa versatilidade ajuda a sobreviver no
mercado de trabalho, que classifica de “velha”
uma trabalhadora aos 25 anos, quando a velhice começa
aos 65 anos. “Quando a empresa vai demitir, o segundo
da lista depois dos jovens é a mulher. Os chefes
de Recursos Humanos esquecem que hoje 28% delas na Grande
SP são chefes de família. O sustento da
casa depende do salário dessa pessoa”, afirmou.
Na redução de custo, Vilma aponta o rebaixamento
dos rendimentos como um dos problemas enfrentados pela
mão-de-obra feminina. “Algumas empresas resolvem
contratar alguém para ganhar menos, às vezes
utilizando critérios errados de seleção.
Um deles é a aparência, como vemos ainda
nos anúncios de jornais. Colocando a beleza como
critério de desempate na admissão”,
disse.
Esse fator, segundo ela, seria alimentado pela própria
mídia, ao vender o culto do corpo esbelto como
nova ferramenta de trabalho. “As nossas filhas adolescentes
crescem com a ilusão de que sendo bonitas não
há necessidade de estudo. Isto é reforçado
em anúncio, inclusive de cervejas e cigarros. A
mulher vira objeto de consumo”, explicou. De acordo
com Vilma, as modelos que ilustram os out doors nas ruas
não precisam fazer serviços domésticos,
mas as trabalhadoras sim. “Elas saem de manhã,
chegam à noite, precisam fazer várias coisas.
Não têm tempo para malhar numa academia,
pois precisa cuidar de filhos e maridos. Na busca desta
imagem vendida pela mídia, muita casamentos ficam
abalados, por que as pessoas não se enquadram neste
perfil”, afirmou. |
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