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Órgão
oficial do STI Químicas, Farmacêuticas,
Abrasivos, Material Plástico, Tintas e
Vernizes de Guarulhos, Mairiporã, Caieiras,
Franco da Rocha e Francisco Morato - Filiado à
Central Força Sindical
- Rua Francisco Paula Santana, 119 - Tel. 209-7800
e 6463-2244 - Guarulhos (SP) - Dir. Resp.: Antonio
Silvan Oliveira - Jorn. Resp.: Luís Alberto
Caju (Mtb.19.281-SP)
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Governo
reajusta valor dos combustíveis para beneficiar acionistas
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Para
garantir dividendos, agora o preço é atrelado
ao dólar
Com
apenas 36% das ações da Petrobrás,
o governo reajusta o preço dos combustíveis,
agora atrelado ao dólar, para garantir os dividendos
de acionistas estrangeiros. De acordo com o presidente
da Associação dos Engenheiros da Petrobrás
(Aepet), Fernando Siqueira, o início do plano para
tirar a Petrobrás dos brasileiros começou
entre 93 e 94, quando FHC ocupava o cargo de ministro
da Fazenda no governo Itamar Franco. “Ele concedia
dois aumentos à Petrobrás para compensar
a valorização do dólar em relação
ao Real.
Em cada reajuste, FHC dava um percentual maior às
distribuidoras. Concedeu aumentos sucessivos e acima da
inflação para o distribuidor e aumentos
abaixo da inflação à Petrobrás.
Em abril de 94, com consolidação do Real,
isso significou a transferência anual de US$ 3 bilhões
da Petrobrás às distribuidoras. Ela fica
com 14% do valor do litro da gasolina vendido, enquanto
nos EUA esse percentual atinge 64%”, explicou.
Em março de 99, afirma, o governo FHC pressionou
o Congresso Nacional e mudou o artigo 177 da Constituição
Federal, visando quebrar o monopólio estatal da
Petrobrás. Dois anos antes, segundo Siqueira, FHC
impôs a Lei 9.478, cujo artigo 26 que quem produzir
petróleo torna-se proprietário dele. “Quando
a ANP (Agência Nacional de Petróleo) vende
as áreas, que a Petrobrás descobriu, às
empresas estrangeiras, está entregando riqueza
altamente estratégica. Enquanto o petróleo
está embaixo da terra é da Petrobrás,
após ser retirado por qualquer empresa estrangeira,
não pertence mais a nós”, disse.
Opinião: Temos de observar que
com essa política utilizada pelo governo, os problemas
não estão somente no preço do combustível,
como também na matéria-prima derivada do
petróleo e agravada com o cartel do setor petroquímico.
Porém, observamos que vários empresários
reclamam das dificuldades em atender melhor seus trabalhadores
em função do aumento no custo do produto,
provocado pelo reajuste na matéria-prima. Mas quando
nos colocamos para iniciar uma campanha visando corrigir
distorções no setor, exigindo do governo
tomada de decisões que viabilizem melhor desenvolvimento,
não sentimos por parte dos envolvidos a garra que
o caso requer. |
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