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 jornal dos químicos de Guarulhos e região

Órgão oficial do STI Químicas, Farmacêuticas, Abrasivos, Material Plástico, Tintas e Vernizes de Guarulhos, Mairiporã, Caieiras, Franco da Rocha e Francisco Morato - Rua Francisco Paula Santana, 119 - Tel. 209-7800 - Guarulhos (SP) Dir. Resp.: Antonio Silvan Oliveira - Jorn. Resp.: Dennis de Oliveira (MTb.18.447-SP)

Ano XIV - nº 53 - Março de 2000

Salário mínimo: vergonha nacional!

O salário mínimo no Brasil é de R$136,00. Significa 118 passagens de ônibus urbanos em Guarulhos – um trabalhador que pega duas conduções para ir e mais duas para voltar para casa já consome quase que um salário mínimo só com condução.

Este valor dá para pagar um aluguel de um barraco de quatro cômodos na favela de Heliópolis, em São Paulo, local que está sendo aterrorizado por uma briga de quadrilha de traficantes de droga.

Porém, não dá para pagar um jantar regado a vinho estrangeiro, para duas pessoas no restaurante Fasano, na cidade de São Paulo, local onde circula a alta elite paulista – inclusive muitos políticos.

O salário mínimo brasileiro é inconstitucional. A Constituição Brasileira determina que o salário mínimo deve ser suficiente para suprir as necessidades de uma família de quatro pessoas (dois adultos e duas crianças) com alimentação, moradia, vestuário, saúde, educação e lazer. Segundo os cálculos do Dieese (Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Sócio Econômicos), o salário mínimo brasileiro de acordo com a Constituição deveria ser hoje de R$942,76 – 593% acima do valor que é praticado hoje.

Polêmica absurda

O governo e particularmente sua equipe econômica subiram nas cadeiras quando o PFL, partido da base governista, lançou a campanha pelo mínimo equivalente a 100 dólares (o que daria hoje cerca de R$178,00). Alegação do governo: as contas da previdência quebrariam e o país não conseguiria cumprir as metas de ajuste fiscal com o FMI (Fundo Monetário Internacional). Mas, afinal, com quem é o compromisso do governo? Com a população brasileira que o elegeu e o sustenta por meio de impostos ou com o FMI que representa apenas os interesses de banqueiros internacionais?

A proposta do PFL é limitada diante das necessidades dos trabalhadores. Tanto é verdade que até mesmo vários empresários a apóiam, como a Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan). Quem está contra mesmo é o governo de Fernando Henrique.

Fica claro, assim, quem é o principal inimigo neste momento da classe proletária.







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