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Órgão
oficial do STI Químicas, Farmacêuticas,
Abrasivos, Material Plástico, Tintas e
Vernizes de Guarulhos, Mairiporã, Caieiras,
Franco da Rocha e Francisco Morato - Filiado à
Central Força Sindical
- Rua Francisco Paula Santana, 119 - Tel. 209-7800
e 6463-2244 - Guarulhos (SP) - Dir. Resp.: Antonio
Silvan Oliveira - Jorn. Resp.: Luís Alberto
Caju (Mtb.19.281-SP)
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Como nasceu o Sindicato dos Químicos de Guarulhos
O projeto de criar a Entidade, não foi bem visto pela Norton onde trabalhavam vários diretores
Foi numa conversa com colegas de trabalho na Norton, atual Saint Gobain, que nasceu a idéia de criar o Sindicato dos Químicos de Guarulhos. “Como não tinha local para a gente se reunir, resolvi levar o pessoal para minha casa, na Rua Luzia Balzani, 287, Vila Moreira. Ali começou tudo no final de 1960”, lembrou Antônio Rodrigues de Freitas, 73, um dos fundadores da entidade. Passados 42 anos, ele não imaginava que o Sindicato se tornasse tão grande, oferecendo diversos benefícios aos associados e à categoria. “Naquela época nem sonhava que um dia teríamos salão de barbeiro, dentista, médico e advogados”, disse.
Na casa de dois quartos, sala, cozinha e banheiro, o espaço era dividido com os primeiros militantes da categoria em Guarulhos. Na primeira assembléia o jardim foi destruído pelo número de pessoas presentes. “Em 1961, passamos a atuar como sindicato, e o Ângelo Dantas Dias foi o primeiro presidente. Da diretoria antiga da Associação dos Químicos fazia parte o Otávio de Oliveira Barbosa, Humberto Alves de Carvalho e o José Dijoli”, afirmou.
O projeto de criar o Sindicato, segundo ele, não foi bem-visto pela Norton, onde trabalhava a maioria da diretoria da entidade. Logo a empresa começou a demitir os funcionários ligados ao sindicalismo. “Em 1961 fizemos uma greve na Norton por causa disto”, recordou. Com o golpe militar de 1964, a política sindical enfrentou dificuldades. “Quando os militares assumiram o poder, a primeira ação do nosso presidente, o Raimundo Gomes da Silva, foi queimar vários documentos do arquivo, inclusive fotos. A intenção era evitar complicação”, explicou.
Ele lembra que os militares nomearam um interventor, Joel Escatolin, funcionário da Norton, para presidir o Sindicato. “O primeiro ato dele foi proibir qualquer tipo de reunião no local. Mas ignoramos e continuamos a militância, até conseguirmos tira-lo”, disse. Em 1965, outras categorias passaram a procurar a entidade e a casa na Rua Luzia Balzani ficou pequena para as assembléias, que eram realizadas no quintal da frente da residência e parte da rua. |
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