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Órgão
oficial do STI Químicas, Farmacêuticas,
Abrasivos, Material Plástico, Tintas e
Vernizes de Guarulhos, Mairiporã, Caieiras,
Franco da Rocha e Francisco Morato - Filiado à
Central Força Sindical
- Rua Francisco Paula Santana, 119 - Tel. 209-7800
e 6463-2244 - Guarulhos (SP) - Dir. Resp.: Antonio
Silvan Oliveira - Jorn. Resp.: Luís Alberto
Caju (Mtb.19.281-SP)
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O vilão das enchentes:
Canal de Circumvalação
Moradores e empresários são vítimas do mesmo
problema, sem solução até o momento
Avenida Antônio de Souza, Via Dutra e paralelas da Paulo Faccini inundadas. Esse é o provável quadro das próximas enchentes deste final de ano e início de 2003. O vilão é córrego dos Cuba canalizado até chegar perto da avenida Antônio de Souza. Ali, na altura da rua Edgard Cavalheiro, há um espaço em torno de 20 metros, sem concretagem. Neste buraco, sai o volume de água trazido da periferia de Guarulhos e a quantidade empurrada pelo Canal de Circumvalação, do outro lado da Via Dutra. Nos bairros de Porto da Igreja e Várzea do Palácio, Zona Sul da cidade.
“A força da água é tão grande neste buraco que espirra para cima. Aqui atinge 1,60metro. Como o meu material é borracha, quase não tenho prejuízo. Cansei de ver técnico da Prefeitura medir, jornal e televisão fazer reportagem. Ninguém resolveu nada até hoje”, explicou o borracheiro Teófilo Alves Mendonça, dono de uma borracharia na avenida Antônio de Souza, 44, Macedo, Centro.
O mesmo pesadelo é repetido na casa nº 63, da rua Soldado Stanislau Wojcik, dois antes da rua Edgard Cavalheiro. “Na última enchente, a água atingiu 1,60m. Isso porque fechamos a comporta a tempo, do contrário teríamos perdido tudo dentro de casa”, lembrou a dona-de-casa Angélica Barbosa Raposo, 63 anos, dos quais 27 enfrentando as agressões das enxurradas. “Até 1974 não tínhamos esse tipo de problema. Depois de vários loteamentos nos terrenos onde existe o Parque Continental, a água vem com mais força, porque não há mais mato para segurar nada”, descreveu.
Segundo ela, é comum ver carro boiar nas ruas inundadas, pessoas pedindo socorro para evitar ser arrastadas. “Eu não compro mais móveis, já perdi tudo”, criticou. A canalização do córrego dos Cubas, na avaliação dela, aumentou o problema. “ O nível do concreto é maior do que a avenida Antônio de Souza. Sem contar o buraco que ninguém tampa. A água da chuva sai por ali e inunda parte do bairro”, descreveu.
Para reduzir o impacto das enxurradas, dona Angélica instalou válvulas nos encanamentos para evitar a entrada da água pela tubulação. “Em época de chuva você não pode sair de casa, nem viajar. Temos de ficar aqui. Vender o imóvel é impossível. Ninguém compra. O jeito é resistir. Quem sabe interditando a Dutra, eles (governo estadual e municipal) reconhecem a gravidade da situação”, resignou.
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