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Órgão
oficial do STI Químicas, Farmacêuticas,
Abrasivos, Material Plástico, Tintas e
Vernizes de Guarulhos, Mairiporã, Caieiras,
Franco da Rocha e Francisco Morato - Filiado à
Central Força Sindical
- Rua Francisco Paula Santana, 119 - Tel. 209-7800
e 6463-2244 - Guarulhos (SP) - Dir. Resp.: Antonio
Silvan Oliveira - Jorn. Resp.: Luís Alberto
Caju (Mtb.19.281-SP)
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Brasil
vai sofrer para pagar FMI
O
País corre o risco de cair na recessão, aumentando
o desemprego e a inflação
Luís Alberto Caju
O Brasil terá assobiar e chupar cana nos próximos
três anos para conseguir superávits primários
de 3,75% a 4% do Produto Interno Bruto (PIB), renovável
a cada trimestre. Para saldar o empréstimo de US$ 30
bilhões feito pelo Fundo Monetário Internacional
(FMI). Vale lembrar que existe uma parcela de cerca de US$ 9
bilhões de outro compromisso anterior, vencendo em 2003.
Para cumprir as metas fixadas pelo FMI, o País corre
o risco de cair na recessão (quando as vendas e a procura
por serviços caem, derrubando a produção
e gerando o desemprego) ou inflação ou as duas
juntas. Para tentar fugir dessa camisa de força é
preciso aumentar o fluxo de comércio (soma das exportações
e importações), estimado atualmente em US$ 50
bilhões/ano, caso recursos internacionais caiam fortemente,
além de brutal desvalorização do câmbio,
diminuindo os ganhos dos especuladores.
Talvez já prevendo esse cenário, neste ano a Saúde,
Transportes, Educação e Segurança receberam
menos dinheiro. Os aviões da Força Aérea,
que patrulham a região amazônica, com o apoio do
sistema de radares Sivam, estão com verbas reduzidas
para combustíveis. Não podem sair do chão.
O número de homens do Exército também diminuiu,
por causa dos poucos recursos disponíveis. Tudo para
o País cumprir as metas fixadas pelo FMI.
Mas esse quadro poderá ficar pior em 2003, pois ao assinar
esse acordo, o governo FHC colocou uma camisa de força
no próximo presidente da República. É parecido
com o exemplo do sujeito que comprou vários eletrodomésticos,
sem salário compatível para arcar com as prestações.
Neste caso, os rendimentos de sua mulher também ficaram
comprometidos, pois não tinha conhecimento da loucura
cometida pelo marido. Porque todo esse luxo é bancado
com empréstimo.
A atual política econômica da dupla Pedro Malan
e Armínio Fraga, ministro da Fazenda e presidente do
Banco Central, respectivamente, privilegia a especulação
financeira. Desde o início do Plano Real, o Brasil deu
bom tratamento as pessoas que ganham dinheiro nas Bolsas de
Valores em detrimento da indústria, que gera emprego,
que por sua vez paga salários, que serão gastos
no comércio, aumentando o consumo e produção
em diversos setores, contribuindo para alta na arrecadação
de impostos, que poderiam retornar na melhoria dos serviços
públicos.
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