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Órgão
oficial do STI Químicas, Farmacêuticas,
Abrasivos, Material Plástico, Tintas e
Vernizes de Guarulhos, Mairiporã, Caieiras,
Franco da Rocha e Francisco Morato - Filiado à
Central Força Sindical
- Rua Francisco Paula Santana, 119 - Tel. 209-7800
e 6463-2244 - Guarulhos (SP) - Dir. Resp.: Antonio
Silvan Oliveira - Jorn. Resp.: Luís Alberto
Caju (Mtb.19.281-SP)
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Por
que o trabalhador deve ter um deputado
Hoje,
em qualquer país do mundo onde existe um regime democrático,
a sociedade é representada no parlamento
A Câmara Municipal em Guarulhos, a Assembléia Legislativa
na Capital ou o Congresso Nacional em Brasília, são
locais onde ocorrem decisões que influenciam as vidas
de diversos trabalhadores. É um erro ignorar a eleição
de um deputado, seja ele estadual ou federal. Por que? Hoje,
em qualquer país do mundo onde existe um regime democrático,
a sociedade é representada no parlamento. Apesar das
palavras suaves, às vezes difíceis para grande
parcela da população, a luta é para conquistar
direitos. Quem pode mais chora menos.
Por exemplo, a bancada ruralista no Congresso Nacional defende
o agricultor. Quando o governo tenta criar alguma lei que prejudique
este segmento, os deputados desta bancada entram em ação.
Através de várias manobras legais, neutralizam
a ação do Executivo, neste caso representado pelo
presidente da República. Os ruralistas ficariam preocupados
com o trabalhador que ganha o seu sustento numa fábrica?
Não!
Mas qual o papel do deputado federal? Os parlamentares que ficam
em Brasília participam da elaboração de
leis com validade em todo o Brasil. O Código de Defesa
do Consumidor, criado e votado na década de 80, foi aprovado
no Congresso Nacional. Ele tem validade no Ceará ou no
Rio Grande do Sul. Mas se não fossem os deputados federais,
a população teria meios de cria-lo? Não!
Por que toda lei, criada num país democrático,
precisa ser votada e aprovada pelo Congresso Nacional.
O governo federal tem um orçamento financeiro. Com esse
dinheiro, várias cidades e Estados recebem recursos para
investir em escolas, hospitais, segurança, pontes, viadutos,
canalização de córregos, enfim vários
setores. Mas para esse dinheiro chegar em Guarulhos, por exemplo,
alguém precisa pedir. Por que? O Brasil tem mais de 5
mil municípios. Quem vai lembrar em Brasília que
a Rodovia Fernão Dias não possui acesso no trecho
que atravessa Guarulhos? Quem poderá falar dos efeitos
negativos que ampliação do aeroporto vai trazer
para a cidade em termos de barulho, quando estiver em pleno
funcionamento? O deputado federal pode manter esse diálogo
direto com o governo e trazer benefícios para a cidade.
No caso do governo estadual, a mesma história se repete.
Os problemas existentes na Furp (ler matéria nesta edição)
só poderão ter solução de vez quando
um deputado estadual, eleito pelos trabalhadores, entrar em
contato com o governador fazendo essa cobrança. O parlamentar
comprometido com os empregados tem condição de
levantar essa bandeira. Pois em nível estadual, também
existe a mesma representatividade da sociedade na Assembléia
Legislativa. Cada setor vai tentar puxar a sardinha para o seu
lado. Os deputados estaduais eleitos pelos bancos jamais vão
defender os direitos do trabalhador. Se possível, vão
apresentar leis para robôs substituir os funcionários
nas agências.
E o vereador também representa algum setor da sociedade
na Câmara Municipal? Sim! Cada vereador, apoiado por algum
segmento, defenderá seus valores nesse parlamento. Exemplo:
Vários vereadores eleitos pelos trabalhadores teriam
condições de cobrar do prefeito Elói Pietá
maior número de linhas de ônibus, ligando a Cidade
Satélite de Cumbica ao Centro da cidade. Desta forma,
mais moradores em Guarulhos não perderiam seus trabalhos
para pessoas residentes na Zona Leste da Capital. Esse mesmo
grupo de políticos, comprometido com a população
de baixa renda, teria poder de fogo para exigir mais lazer na
periferia.
O vereador eleito pela elite não se preocuparia com esse
detalhe.
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