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 jornal dos químicos de Guarulhos e região

Órgão oficial do STI Químicas, Farmacêuticas, Abrasivos, Material Plástico, Tintas e Vernizes de Guarulhos, Mairiporã, Caieiras, Franco da Rocha e Francisco Morato - Rua Francisco Paula Santana, 119 - Tel. 209-7800 - Guarulhos (SP) Dir. Resp.: Antonio Silvan Oliveira - Jorn. Resp.: Dennis de Oliveira (MTb.18.447-SP)

Ano XIV - nº 57 - Julho de 2000

A democracia de FHC

O presidente Fernando Henrique Cardoso, durante o regime militar, destacou-se por defender a democracia. Parece que ele esqueceu-se desse passado. Não só porque aliou-se justamente àqueles que combatia no passado, mas também porque as suas atitudes mais recentes nada ficam a dever aos ditadores que ele sempre criticou.

No caso do escândalo da obra superfaturada do Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo, que motivou o pedido de prisão do juiz Nicolau Santos Neto (foragido), o Ministério Público está mandando investigar as suspeitas de envolvimento do ex-secretário geral da presidência, Eduardo Jorge. Descobriu-se que Nicolau Santos fez várias ligações para Eduardo Jorge na época da construção da obra superfaturada. Suspeita-se que Eduardo Jorge tenha feito lobby para que as verbas para a obra fossem liberadas.

O presidente Fernando Henrique ficou irritado com a atitude do Ministério Público. Chamou-a de sensacionalista, de prejudicar a imagem de pessoas inocentes, de acusar sem ter provas e por aí vai. Junto com os parlamentares governistas desencadeou uma campanha para desmoralizar a imagem dos promotores. Tudo porque o Ministério Público está cumprindo sua função de defender a sociedade civil (que é quem o sustenta) ainda que para isto tenha que mandar investigar os poderosos de plantão. FHC não admite que ele e sua turma seja investigada como qualquer outro cidadão comum suspeito de alguma coisa.

O mais interessante de tudo foi que os promotores encarregados do caso Eduardo Jorge comprovaram, em depoimento no Senado, que não possuem ainda provas mais concretas porque o Banco Central está se recusando a mandar os documentos solicitados para que a investigação seja complementada. Vários ofícios foram expedidos, até mesmo ordens judiciais, mas os amigos de FHC parecem estar convictos de que estão acima da lei. Simplesmente não mandam os documentos pedidos e ponto.

A democracia que Fernando Henrique defende hoje é aquela velha história: aos amigos, tudo; aos inimigos, os rigores da lei.

Antonio Silvan Oliveira (presidente)





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