Órgão oficial do STI Químicas, Farmacêuticas, Abrasivos, Material Plástico, Tintas e Vernizes de Guarulhos, Mairiporã, Caieiras, Franco da Rocha e Francisco Morato - Filiado à Central Força Sindical - Rua Francisco Paula Santana, 119 - Tel. 209-7800 e 6463-2244 - Guarulhos (SP) - Dir. Resp.: Antonio Silvan Oliveira - Jorn. Resp.: Luís Alberto Caju (Mtb.19.281-SP)

Jovens reclamam de falta de oportunidades
Na avaliação dos adolescentes, o governo deveria conhecer a realidade das periferias

“Por falta de trabalho muita gente vai para o crime. Nunca vi o governo (federal, estadual e municipal) vim (sic) até aqui fazer debates, falar algo para nós, discutir o problema da violência com a gente”. Esta é a avaliação do adolescente Aurélio Luiz da Silva, 17, sobre a falta de políticas públicas para os jovens residentes nas periferias. “Aqui (Jardim Maria Dirce, Zona Leste) a violência é fora de série. Ela é responsável por 80% dos problemas. Nada melhor do que conversar. Sem diálogo tudo vai por água abaixo”, disse.

Na opinião de Tiago Monteiro, 15, a presença do governo reduziria os índices de violência, principalmente com a criação de empregos. “É preciso ter mais oportunidade para a gente, com criação de cursos, serviços. Não podemos ficar só estudando, precisamos de experiência de trabalho. O governo precisa debater com a gente sobre isso, mas nunca vieram até aqui”, enfatizou.

Para Lucicléia Roberta da Silva, 17, o desemprego é combustível para aumentar a criminalidade. “A pessoa vê a necessidade dentro de casa, sem trabalho. A única coisa a fazer é isto. O jovem tendo emprego, sai da violência . Em vez de cobrar os nossos direitos e deveres, o governo deveria passar na periferia para saber como são as coisas. Nós sentimos o problema na pele, sabemos a realidade”, frisou.

Na avaliação de Magda Silva de Souza, 15, a criminalidade é fruto do desemprego. “Tem gente na rua passando fome porque não tem emprego. Seria interessante o governo discutir esse problema com os jovens da periferia. Tirando as “laranjas podres”, as pessoas roubam para comer. Todo mundo precisa ter uma família, uma casa, principalmente alimentação” O governo poderia fazer parceria, como as empresas fazem com sindicatos. Se a entidade pode fazer, por que ele não consegue? Nem lazer nós temos na periferia”, criticou.

Mobilização da sociedade poderia resolver o problema

A coordenadora do Conselho Tutelar do Adolescente em Guarulhos, Maria José Campos Braga, reconhece a desigualdade social como motivo para levar a criança e o adolescente às ruas, e nos casos extremos à violência, com a prática de furtos. “Há casos de crianças que fogem de casa por falta de comida. Preferem ficar nas ruas pedindo esmolas. Tudo isto é fruto de uma sociedade injusta e falta de políticas públicas”, disse. Na avaliação dela, quanto mais oportunidade de trabalho aos jovens, mais ele ficará livre de envolvimento com o crime. “Quando ele não encontra emprego, acaba sendo recrutado pelo narcotráfico. Se tiver emprego, cresce sua auto-estima e passa recusar esses maus convites”, explicou.

O desinteresse do governo em relação aos adolescentes, segundo Maria José, ficou evidente num seminário onde o jovem era a pauta do dia. “Compareceram várias entidades questionando o assunto. Fiquei contente, mas deveria estar lá alguém do Estado, da Vara da Infância, o promotor. Não estavam. Por que não foram? Há vários mecanismos de o Estado ajudar o adolescente”, disse. Somente a sociedade mobilizada e articulada, explica, pode fazer essas cobranças ao governo e obter êxito. “A miséria é o estopim para todo o mau, o jovem precisa ter acesso a políticas públicas onde ele possa estudar e trabalhar meio período”, frisou.
ANO 17 - Nº 78
MAIO DE 2003



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