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Órgão
oficial do STI Químicas, Farmacêuticas, Abrasivos,
Material Plástico, Tintas e Vernizes de Guarulhos,
Mairiporã, Caieiras, Franco da Rocha e Francisco
Morato - Filiado à central FORÇA
SINDICAL - Rua Francisco Paula Santana,
119 - Tel. 209-7800 - Macedo CEP: 07112-020 -
Guarulhos (SP) - Dir. Resp.: Antonio Silvan Oliveira
- Jorn. Resp.: Dennis de Oliveira (Mtb.18.447-SP)
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Genérico
sim, desemprego não!
Rogério
Gaspar
(Da redação)
A implantação do medicamento genérico de
custo menor para a população foi uma decisão
acertada do então ministro da Saúde José
Serra. Mas a entrada de medicamentos genéricos importados
no país já não é tão boa.
O medicamento genérico é importante, pois possibilita
a população que ao comprar o remédio não
pague pela marca, o que representa, em média, uma redução
de 40% no preço do produto, ou era esta a redução
que deveria acontecer segundo o ex-ministro. A Federação
Brasileira da Indústria Farmacêutica (Febrafarma)
admite um aumento de 5% nas vendas de remédios neste
ano. Isto quer dizer que mais pessoas estão tendo acesso
a medicação com a entrada do genérico no
mercado farmacêutico.
O problema reside na importação indiscriminada,
pura e simples de medicamentos genéricos de outros países.
Nem sempre a importação ajuda a segurar os preços
ou melhorar a qualidade do produto nacional como gosta de alardear
o governo, mas certamente, prejudica a indústria nacional
que tem de lidar com os autos impostos cobrado pelo governo
e também lidar com a concorrência estrangeira.
O ex-ministro prometeu que com a entrada dos genéricos
no mercado os pobres iriam ter acesso aos medicamentos, porém
esqueceu de avisar que para pressionar as indústrias,
iria importar os genéricos. Como sempre quem perde com
isso é a população, pois nestas horas para
diminuir os custos as empresas não pensam duas vezes
em cortar funcionários.
E mesmo o preço dos importados sendo tão baixo
quanto o prometido, são poucos os medicamentos genéricos,
importados ou não, encontrados com diferenças
de preços entre seus correlatos que sejam superior ou
igual a 40% .
O Sindicato Nacional dos Aposentados, ligado a Força
Sindical, consegui, em contato direto com as empresas do setor,
um desconto bem maior para seus associados, podendo chegar até
60% em vários tipos de remédios, inclusive o Viagra.
Se a intenção do governo é realmente levar
os medicamentos a um número maior de pessoas não
seria melhor implementar e ampliar a rede de laboratórios
públicos, como a Furp, que abastecem os Postos de Saúde
da rede pública, ou reduzir o impostos que estão
agregados ao preço final nos medicamentos. Estas medidas
certamente teriam um impacto maior sobre a quantidade de pessoas
que buscam o atendimento médico público e estariam
abrindo uma nova quantidade de vagas no setor farmacêutico.
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