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Órgão
oficial do STI Químicas, Farmacêuticas, Abrasivos,
Material Plástico, Tintas e Vernizes de Guarulhos,
Mairiporã, Caieiras, Franco da Rocha e Francisco
Morato - Filiado à central FORÇA
SINDICAL - Rua Francisco Paula Santana,
119 - Tel. 209-7800 - Macedo CEP: 07112-020 -
Guarulhos (SP) - Dir. Resp.: Antonio Silvan Oliveira
- Jorn. Resp.: Dennis de Oliveira (Mtb.18.447-SP)
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Saiba
mais sobre o Núcleo de Conciliação Prévia
Rogério
Gaspar
(Da redação)
Em funcionamento desde maio de 2001, o Núcleo de Conciliação
da Força Sindical Regional Guarulhos atende em média
100 pessoas por mês. O núcleo conta com a presença
de dois advogados/conciliadores Arnaldo Paixão e Antônio
Cardoso dos Santos. O Informequim entrevistou Arnaldo Paixão
coordenador responsável pelo Núcleo.
Informequim – O que é o Núcleo
de Conciliação?
Paixão - O Núcleo de Conciliação
é o local onde o empregador e empregado podem resolver
pendência entre eles, conflitos, direitos que não
foram cumpridos durante o contrato de trabalho. Excluindo as
homologações e algumas pendências que são
de competência do Sindicato e do Ministério do
Trabalho.
Informequim – Quem pode usar o Núcleo de Conciliação?
Paixão – De acordo com a lei tanto
o funcionário quanto à empresa podem procurar
o Núcleo de Conciliação. Aqui, nós
damos prioridade ao trabalhador, para saber dele o que aconteceu,
explicar quais direitos ele tem, além daqueles normais
e mais algumas pendências que a empresa possa ocultar.
Atendido o trabalhador, tomamos a termo, calculamos tudo e mandamos
convocar a empresa com dia e hora acertada que nunca é
superior a dez dias. No dia realizamos a audiência de
tentativa de conciliação. Em princípio
99% dos casos são favoráveis, uma vez que as empresas
tem comparecido em sua grande maioria.
Informequim - Qual a vantagem para o trabalhador em usar os
serviços do Núcleo?
Paixão – Todas. Primeiramente,
no Núcleo de Conciliação ele está,
exatamente, diante do seu sindicato o qual está lhe dando
todas as informações, assistência, esclarecendo
tudo para que ele não carregue consigo nenhuma dúvida.
Dois, nessa oportunidade ele vai, além de tomar conhecimento
daquilo que a empresa diz, de todos os aspectos necessários
para que ao sentar na mesa, ele fossa saber o que vai fazer.
O empregador por sua vez que tem a intenção de
pagar vai comparecer e também vai ter uma boa solução
por que ele paga exatamente o que deve. E feito isso, as duas
partes saem satisfeitas. Evita aquele tumulto da justiça
do trabalho que as partes entram sem saber nada e saem sabendo
menos ainda, uma vez que não há tempo para conversa.
Como o próprio termo diz, conciliação é
a mesa de discussão de partes que às vezes vão
encontrando uma solução ao longo da conversa
Informequim - O trabalhador paga para utilizar os serviços
do Núcleo de Conciliação?
Paixão - Não, o trabalhador não
paga nada, o núcleo não cobra nada, mesmo porque
estamos cumprindo a rigor a lei, que sabemos proíbe a
cobrança. Existe sim uma taxa que é cobrada, mas
pelas partes concernentes, ou seja, sindicato patronal e sindicato
do trabalhador e essa taxa é depositada em conta do tribunal
arbitral. Tanto o nosso conciliador do Sindicato dos Metalúrgicos
quanto o do Sindicato dos Químicos são pagos pelas
suas respectivas entidades. E o do patronal e pago pela entidade
dele.
Informequim – Em alguns casos os valores são parcelados?
Paixão – Quando há parcelamento
no pagamento dos direitos, o parcelamento, a rigor, tem sido
corrigido nos moldes da Justiça do Trabalho, ou seja,
TR mais 1% de juros que é a Tabela TRT (Tribunal Regional
do Trabalho).
Informequim – Como funcionam as quitações?
Paixão - Não damos quitação
geral, apenas aquilo que for realmente resolvido e que as partes
saiam satisfeitas. Quitamos apenas os valores recebidos, fica
em aberto para o empregado pleitear se houver alguma diferença.
E nós não quitamos em hipótese alguma FGTS
e multa do artigo 477 (multa referente ao atraso).
Informequim – Este Núcleo de Conciliação
possui algum diferencial em particular?
Paixão - Este núcleo trabalha
diferente de outros, aqui, atende-se o trabalhador, apura-se
com o trabalhador tudo que é devido, para no dia da audiência
ele estar sabendo exatamente o que vai fazer. É o mesmo
conciliador/advogado que atende o trabalhador em seu primeiro
contato que vai realizar a audiência. Então há
uma conexão de conhecimento de ponta a ponta. Fora isso,
trabalhamos no estrito cumprimento da lei.
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