No
dia 22 de janeiro, o Sindicato recebeu denúncias dos
trabalhadores da Colina de que a empresa não havia pago
o salário de dezembro, o 13º salário e nem o vale de
janeiro. A diretoria do Sindicato combinou que estaria
no dia seguinte na porta da empresa para conversar com
o dono da empresa, Antonio Augusto Souza, e com os trabalhadores.
Ao chegar no dia e hora combinados, os diretores do
Sindicato encontraram a fábrica fechada, os trabalhadores
na porta da empresa e nenhuma notícia do proprietário
da Colina. Segundo informações da segurança, a fábrica
estava fechada por ordem do proprietário.
Após vários contatos, foi possível encontrar o senhor
Antonio Augusto que afirmou estar com dificuldades financeiras
mas que prometia pagar um vale emergencial no dia seguinte
e ainda fazer um levantamento de quanto devia para cada
trabalhador e apresentar uma proposta de acerto. Os
trabalhadores e o Sindicato toparam. Antonio Augusto
não cumpriu o acordo. A revolta foi geral.
No dia 31 de janeiro, foi realizada mesa redonda na
DRT, a pedido do Sindicato, em mais uma tentativa de
resolver o problema. Antonio Augusto compareceu, sem
advogado e sem qualquer documento que comprovasse junto
à DRT ser ele o responsável pela empresa, conforme exigência
do órgão. Também não apresentou nenhuma proposta para
solucionar o problema. A mesa foi encerrada sem qualquer
solução, razão pela qual o Sindicato pediu fiscalização
na empresa.
Além dos atrasos, há denúncias de que a empresa está
com funcionários sem registro, adulteração de cartão
de ponto, banco de horas irregular, férias atrasadas,
não cumprimento do piso salarial, não pagamento do abono
indenizatório de 2000, não pagamento da PLR 1999/2000
e não recolhimento do FGTS e INSS.
Assim que receber o relatório da fiscalização, o Sindicato
vai processar judicialmente a empresa.
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