Válter
Dantas, secretário do Meio Ambiente afirma que o modelo
anterior do Vale Verde não tem como ser mantido e o
projeto será repensado.
O secretário municipal do Meio Ambiente, Valter Dantas,
recebeu a reportagem do jornal Informequim no
dia 6 de março e afirmou que o projeto Vale Verde será
mantido pela prefeitura, mas em outras bases. “A versão
original do projeto é inviável porque era dependente
de doações de uma empresa”, conta.
O secretário considera justas as preocupações dos moradores
e prometeu empenhar-se em resolver o problema no prazo
mais rápido possível.
Informequim - Por que a Secretaria suspendeu o projeto
Vale Verde?
Valter Dantas - O Vale Verde era um projeto
da administração anterior que trocava resíduos recicláveis
coletados pela própria comunidade por alimentos. Toda
a concepção deste projeto dependia de doações, desde
os caminhões e até os alimentos, feitas por uma empresa
que tinha contratos com a prefeitura. Como o acordo
com esta empresa foi cessado, o projeto só poderia continuar
se a Secretaria tivesse verbas para assumi-lo, o que
não acontece. Fizemos até cotação de preços de alimentos,
mas não existe dotação orçamentária na nossa pasta para
fazer estes gastos, não só dos alimentos mas também
dos caminhões de coleta. A administração anterior não
garantiu nenhuma dotação orçamentária específica para
este projeto porque ele era garantido pela doação desta
empresa. Mas o projeto foi paralisado, não extinto,
nós vamos repensá-lo.
Informequim - Como o projeto será repensado?
Dantas - Por exemplo, podemos pensar a formação
de cooperativas de catadores, em que os próprios moradores
assumissem o controle do projeto. Desta forma, criariamos
um programa de geração de trabalho e renda, saindo de
uma concepção assistencialista e paternalista que vigorava
na versão original do projeto. Nossa secretaria, inclusive,
pensa em realizar um trabalho inter-setorial, contando
com a participação de outras secretarias municipais,
como a Secretaria do Trabalho, entre outras. A volta
do projeto nestas novas bases é uma das nossas prioridades
Informequim - Para concluir, alguns moradores estão
reclamando da demora na poda e remoção de árvores. O
que está acontecendo?
Dantas - Quando assumimos a secretaria, tínhamos
5.000 pedidos de poda e remoção de árvores atrasados,
desde o ano de 1997. Por isto, estamos correndo para
colocar isto em dia. Além disto, várias equipes que
trabalham nisto foram deslocadas para o trabalho de
combate às enchentes que é algo emergencial. Mas esperamos
que passando este período de enchentes, as equipes retornem
e possamos agilizar estes pedidos.
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