Com
grande apoio da central FORÇA SINDICAL, lideranças sindicais
e populares realizaram passeata no Cecap contra a vinda
de mais presídios para a cidade
Entidades
da sociedade civil de Guarulhos, entra elas, a regional
da central Força Sindical, a CUT, a SDS e vários vereadores
continuam pressionando as autoridades estaduais para
que não sejam construídos novos presídios em Guarulhos.
O movimento, batizado de Segurança sim, Presídio não
já realizou várias reuniões abertas e está tentanto
agendar uma audiência com o governador em exercício,
Geraldo Alckmin. No dia 20 de fevereiro, lideranças
populares e sindicais realizaram uma passeata no Parque
Cecap manifestando esta posição.
O governo do Estado pretende construir dois novos presídios
na cidade na sua política de descentralizar as instituições
penitenciárias pelo estado. Porém, a cidade de Guarulhos
já conta com dois presídios e, segundo opinião dos membros
do movimento, já deu sua cota de participação.
O presidente do Sindicato dos Químicos de Guarulhos
e da regional da Força Sindical, Antonio Silvan Oliveira,
observa que o projeto do governo poderá inibir novos
investimentos no município. “Percebemos que os empresários
estão preocupados e isto poderá aumentar ainda mais
o desemprego na região”.
No dia 8 de março, realizou-se uma reunião com o secretário
estadual da Administração Penitenciária, Nagashi Furukawa.
Estiveram nesta reunião o prefeito de Guarulhos, Elói
Pietá, o presidente regional da Força Sindical, Toninho
Silvan; o presidente regional da CUT, Ferro; o diretor
do Sindicato dos Químicos de Guarulhos, Nélsão, o delegado
seccional de Guarulhos da Polícia Civil e a vereadora
da cidade, Luiza Cordeiro.
Nesta reunião, o secretário Furukawa afirmou que a construção
das duas unidades prisionais em Guarulhos vão acontecer
porque o prefeito anterior da cidade, Jovino Cândido,
foi consultado e não tomou nenhuma posição, sequer em
relação ao local. Por isto, o processo de licitação
continuou, a verba foi liberada e a empresa contratada.
O governo, diante da ausência de qualquer posição do
então prefeito de Guarulhos, decidiu usar uma área de
propriedade sua, perto do Parque Cecap.
Diante disto, o prefeito atual da cidade, Elói Pietá,
apresentou uma alternativa de construção de apenas uma
unidade prisional e em um outro local, em terreno que
a prefeitura já até assinou decreto de desapropriação.
O governo do Estado topa discutir outra área mas não
abre mão de construir duas unidades prisionais.
A Força Sindical mantém sua posição de que a cidade
de Guarulhos já deu sua cota. Segundo dados da própria
secretaria estadual, Guarulhos “produz” cerca de 2.900
detentos. Se todas as unidades previstas pelo governo
forem construídas, teremos mais de 4 mil detentos na
cidade. É um problema que preocupa toda a sociedade,
trabalhadores, empresários, moradores em geral. O governo
do Estado não investe na educação, na qualidade de vida,
na geração de emprego e renda na cidade que são políticas
preventivas de segurança e quer punir o município com
uma proposta destas. A Força é contra e, inclusive,
está elaborando alternativas para este problema.
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