O salário mínimo de 2016 ficou R$ 2,24 maior por causa da diferença entre a projeção do governo para o INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) e o resultado efetivo desse indicador de inflação, divulgado na sexta-feira (8), o que terá um impacto de cerca de R$ 700 milhões nos cofres públicos. O mínimo passou de R$ 788 em 2015 para R$ 880 neste ano.

A regra de reajuste do salário mínimo considera o crescimento do PIB dois anos antes –nesse caso, a variação de 0,1% em 2014– mais o INPC de 2015.

Como o mínimo é fixado em 30 de dezembro do ano anterior à sua vigência e o índice de inflação só sai na semana seguinte, a lei determina que o reajuste seja feito com base em uma estimativa do Executivo.

O governo projetou um INPC de 11,57%, acima dos 11,28% verificados. Pela lei, o Executivo não é obrigado a rever o valor do mínimo por causa da diferença.

O erro na estimativa ficou muito acima do verificado um ano antes.

O INPC de 2014 ficou em 6,23%, mas o mínimo foi reajustado em 2015 considerando uma expectativa de 6,28%.

Pelas contas do ministério, serão beneficiados 48 milhões de trabalhadores e aposentados, sendo 21 milhões na Previdência federal.