Troad editora

 

Se o Brasil quer ser uma das maiores economias do mundo, precisa estimular a sua indústria a manter-se mais competitiva e diversificada.
Não podemos continuar perdendo mais tempo com barreiras que atrapalhem o nosso avanço. E estas barreiras, em nosso Brasil atual se apresentam, por meio de uma política de exportação de matéria-prima e importação de manufaturados. Quando na verdade estimular a produção de manufatura é promover a geração do emprego. O governo precisa trabalhar por maior competividade, com a redução do custo de matéria-prima, incentivos à importação da matéria-prima e não manufaturados e redução de impostos.
Não podemos admitir a exportação de nossos recursos, a exemplo do Ferro que exportamos para China e compramos a chapa como produto final e produtos industrializados. Estas exportações sem a proteção de nossas reservas estagnam a nossa produção na área da mineração, petroquímica, da indústria de transformação, entre outras.
Iaspas silvan 2 2012Na contramão do Brasil, vários países, como a China, por exemplo, resguardam suas reservas. A julgar a camada do pré-sal e a medida afoita do Brasil de exploração e venda desenfreada, mostra a falta de cuidado com as nossas reservas. Afinal, hoje, temos esta reserva, mas estamos guardando recursos para o futuro?
Temos somado esforços para fortalecer, por exemplo, a área de transformação?
Não podemos imaginar que pagando baixos salários ou cortando benefícios dos trabalhadores e seus dependentes, iremos ser mais competitivos. O país necessita de uma política que viabilize a industrialização de forma que ela seja competitiva, ou seja, com uma carga tributária mais adequada, fornecimento de matéria-prima dentro de uma realidade diferente da que estamos vivendo atualmente.
O governo federal sinalizou com mudanças tributárias no setor de mineração, porém, graças à força utilizada por lideranças do PMDB, deve recuar. Essas mudanças teriam como o objetivo destinar mais recursos para a educação pública, considerando que nossos recursos minerais estão indo embora e dando muito mais lucro para o setor privado. Segundo matéria jornalística da revista Carta Capital 752, o deputado federal Eduardo Cunha, líder do PMDB, eleito pelo Rio de Janeiro declarou gastos de R$ 4,7 milhões na campanha de 2010, sendo R$ 3,6 milhões oriundos do Comitê Financeiro do PMDB do RJ. Por coincidência, os maiores doadores do Comitê foram as mineradoras brasileiras reunidas, uma controlada da Vale, a empresa mais atingida pela ampliação da cobrança de royalties.
O plano do governo era elevar os royalties de 2% para 6% da receita e criar outra taxação para investimentos na educação pública. O governo recua devido a ação articulada do Sr. deputado Eduardo Cunha do PMDB do RJ. Diante desta atitude da presidente Dilma Rousseff quem perde é o país e todos nós brasileiros.