Agência do INSS no centro de São Paulo com cartazes alusivos à greve; servidores pedem reajuste de 27,5% e ampliam paralisação
O pagamento do auxílio-doença ou da aposentadoria por invalidez não será cortado pelo INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) durante a greve dos servidores administrativos e dos médicos peritos.
Para conseguir a vantagem, porém, o segurado que precisa renovar o benefício deve tomar alguns cuidados, como registrar o pedido de prorrogação assim que receber a recomendação de estender a licença.
Quem já está com a perícia agendada para este mês, por exemplo, deve comparecer à agência da Previdência Social e buscar uma comprovação de que não teve o atendimento.
Se o posto estiver completamente fechado, por exemplo, ligue para a Central 135 e registre a tentativa de passar pela perícia médica. Isso é importante para comprovar que o exame para a prorrogação não foi feito por causa da greve.
O advogado Rômulo Saraiva afirma que mesmo uma foto do segurado na agência pode ser usada para comprovar a tentativa de ser atendido na data marcada pelo INSS.
Os servidores administrativos estão parados desde 7 de julho e os peritos pararam na última sexta. Nesta terça (8), uma reunião com a federação dos servidores não fechou acordo e a paralisação continua.
No segundo dia de adesão dos peritos, 16.879 perícias não foram feitas, entre 29.526 agendadas no país, diz o presidente da ANMP (associação nacional dos peritos), Francisco Cardoso. Dos 4.350 peritos na ativa, 1.309 (30,11%) atenderam nesta terça (8).
Na sexta, primeiro dia da greve, mais de 10 mil perícias deixaram de ser feitas.
BALANÇO
Balanço divulgado pelo órgão mostra que, do total de 24.574 exames agendados para o dia, apenas 14.140 foram realizados, somando 10.434 que deixaram de ser feitos. Desse total, 6.839 foram reagendados.
Os peritos pedem melhores condições de trabalho e reajuste de 27%.
O governo apresentou uma proposta de aumento de 10,8%, parcelado em dois anos.
RAIO-X DA GREVE
Início: sexta, 4/9
Adesão: dos 4.350 peritos na ativa, 1.309 (30,11%) atenderam nesta terça
O que pedem os médicos: reajuste de 27%
O que oferece o governo: 10,8%, parcelado em dois anos