É o maior crescimento desde os anos 60, segundo OMS.
Japão, com expectativa de 83,7 anos, lidera. Suíça é 2º, com 83,4 anos.

 

A expectativa média de vida no mundo aumentou 5 anos entre 2000 e 2015, o maior crescimento desde os anos 60, e agora a média de vida global se situa em 71,4 anos, informou nesta quinta-feira (19) a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Este importante aumento se deve principalmente aos estragos desse indicador nos anos 90 pela alta mortalidade na África pela epidemia de Aids e no leste europeu após o colapso da União Soviética.

A OMS explica que a África foi a região que mais aumentou sua expectativa de vida, 9,4 anos até os 60 anos de média, graças às melhoras em assistência a crianças, ao controle da malária e ao acesso ao tratamento contra a aids, o que contribuiu ao aumento da média global.

Segundo os dados do relatório anual sobre a saúde global da OMS, há 29 países no mundo que superam os 80 anos de expectativa média de vida, e em 12 deles, é maior que 82 anos.

Os mais velhos do mundo se encontram no Japão, com 83,7 anos de média; na Suíça, com 83,4 anos; Cingapura, com 83,1; Austrália e Espanha com 82,8; Itália, com 82,7; Islândia, com 82,7; Israel, com 82,5; França, com 82,4; Suécia, com 82,4; Coreia do Sul, com 82,3 e Canadá, com 82,2 anos.

No Brasil, a expectativa de vida é de 75 anos, segundo a OMS.

Ao contrário, ainda há 22 países nos quais seus habitantes não superam a média dos 60 anos, todos eles na África Subsaariana.

Por sexos, a OMS destaca que as mulheres vivem muito mais do que os homens em todos os países e regiões do mundo.

Concretamente, a média de expectativa de vida entre elas se situa em 73,8 anos, enquanto entre os homens não alcança os 70, já que sua média de vida é de 69,1 anos.

Entre as mulheres, as que mais vivem são as japonesas (86,8 anos de média), as de Cingapura (86,1 anos) e as espanholas (85,5), enquanto os suíços são os homens com maior expectativa de vida (81,9 anos), seguidos dos islandeses (81,2 anos) e dos australianos (80,9 anos).

Os países escandinavos são os que menos diferença têm entre a esperança de vida de homens e mulheres (3 anos na Islândia, e 3,4 anos na Suécia), enquanto alguns países da antiga União Soviética são os que têm uma lacuna maior (11,6 anos no caso da Rússia e 9,8 anos na Ucrânia).

Por outro lado, a OMS calcula em seu relatório o número de anos durante os quais uma pessoa se mantém sã, que se situou em 63,1 para o combinado de ambos sexos em 2015.

Este dado, segundo a organização, varia dependendo da zona do mundo e do sexo, mas em geral é 11,7% (varia entre 9,3% e 14,7% ) menor do que a esperança de vida.

Por sexos, as mulheres costumam desfrutar de boa saúde durante uma média de 64,6 anos, enquanto os homens por 61,5 anos.

A OMS destacou que a maior diferença se encontra entre os países europeus, nos quais as mulheres podem chegar a viver em melhores condições durante 5 anos a mais, enquanto a menor entre a saúde de homens e mulheres está no sudeste da Ásia, onde é apenas de um ano.

Segundo a organização, as principais doenças que fazem com que as condições de saúde piorem são os problemas ósseo-musculares (problemas de costas e pescoço especialmente), depressão, ansiedade, as doenças neurológicas, a perda de audição e de visão, os problemas cardiovasculares e o diabetes.