Em 2015, o MTE (Ministério do Trabalho e Emprego) auditou um número menor de empresas que não recolheram o FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) dos seus funcionários do que em anos anteriores.
O volume de dinheiro que deveria ter sido depositado e não foi chegou a R$ 2,23 bilhões, o que representa 15% a menos do que em 2014.
A vigilância menos intensa acontece porque há um número menor de auditores, diz Luiz Henrique Lopes, diretor de fiscalização do MTE.
“Se tivéssemos mais 5.000 auditores, o resultado triplicaria. No meio rural, nossa atuação caiu porque não temos perna para chegar.”
As empresas fiscalizadas empregam quase 10 milhões de pessoas. Em 2014, eram mais de 14 milhões.
Os auditores adotaram a estratégia de buscar empresas maiores e abandonaram a fiscalização dos negócios de menor porte.
“Fazemos cruzamentos com a Rais (Relação Anual de Informações Sociais), pois nela o empregador informa a massa salarial e quantos empregados tem. Traçamos uma estimativa de quanto ele desembolsaria com o FGTS e quanto ele recolheu de fato.”
Após as notificações, R$ 271 milhões foram depositados no fundo. Isso representa 10% do total devido.
A quantidade não depositada identificada deverá ser maior em 2016, afirma Lopes. “Será um ano de resultados significativos. Com a crise, a tendência é que a falta de recolhimento cresça.”