As decisões que vêm sendo tomadas pelo COPOM, que dão continuidade à elevação das taxas de juros no Brasil, têm sido objeto de preocupação do setor produtivo de nosso país, e por isso, alertamos para as dificuldades enfrentadas pela classe trabalhadora, empresas e sociedade, frente ao processo de juros altos que inviabilizam o setor produtivo, em prejuízo ao próprio desenvolvimento do país.
O sistema financeiro atual beneficia somente o capital financeiro, pois os juros altos desestimulam o consumo, e com a redução do consumo há consequente diminuição do ritmo de produção.
Sabemos que a retomada do desenvolvimento envolve cortes rápidos na taxa de juros e uma maior amplitude de medidas de controle de capital, neste sentido, o governo precisa negociar uma ampla regularização deste sistema, pois, se nada for feito, continuaremos a assistir a sangria do erário público, pois, os trabalhadores e as empresas continuarão a ser as principais vítimas de todo este processo, a exemplo do Orçamento Geral da União executado em 2013 com gasto de R$ 1,79 bilhões, sendo 40,03% do orçamento destinado a juros e amortização da dívida, 24,11% em Previdência Social, 4,29% em saúde, 10,43% em transferências a Estados e Municípios, 3,70% em educação, 3, 58% em trabalho, entre outros.