Passadas as eleições, a expectativa agora é que o segundo mandato da presidente Dilma Rousseff seja de crescimento em todos os âmbitos da sociedade.
Precisamos avançar econômica e socialmente, com melhorias na educação, saúde, infraestrutura, planejamentos de mobilidade urbana e empregabilidade. Mesmo diante do anúncio de uma nova equipe econômica, o movimento sindical espera que o compromisso que a presidente assumiu conosco seja mantido e nossas pautas trabalhistas sejam amplamente discutidas entre as partes – Dilma e sindicalistas.
Constam do avanço de pautas trabalhistas, a manutenção da política de salário mínimo, a situação financeira da Previdência Social favorável aos trabalhadores.
Os sindicalistas lutam também pela revisão do fator previdenciário, pois se faz necessário a sustentação do sistema previdenciário com ajustes, cobrando união, estados e municípios ou a quem de direito, cobrando e executando dívidas que hoje somam milhões e acima de tudo, preservando o direito dos trabalhadores dentro do sistema. Em relação ao Ministério do Trabalho, esperamos mais verbas para a pasta, o que sem dúvida trará maior capacitação aos seus colaboradores e condições reais de trabalho com maior poder de fiscalização e agilidade nas ações de prevenção à saúde e acidentes, o que certamente trará inúmeros benefícios como diminuição dos gastos com acidentes de trabalho, com mutilações, mortes, doentes adoecidos em função da insegurança operacional no ambiente de trabalho, além de gastos com a recuperação e reabilitação do trabalhador por conta dos afastamentos.
Apostamos no diálogo entre governo e movimentos sindicais para que a pauta trabalhista seja atendida como forma de desenvolvimento social e econômico para os trabalhadores.
Outro ponto discutido a exaustão é o desenfreado aumento de juros. Aguardamos um basta nesta medida que tem impactado negativamente a economia e os setores produtivos da indústria.
A sinalização de que a taxa de juros pode subir e prosseguir o ciclo de aperto monetário tem causado preocupação aos setores produtivos da indústria e a nós do movimento sindical, que qualificamos a medida do Banco Central como inadmissível diante de um processo de difícil acesso ao crédito.
Assistimos com tristeza a total inércia da economia, com o Banco Central insistindo em medidas catastróficas e uma política descabida de aumento da taxa Selic.
Diante deste cenário, arriscamos em dizer que estamos diante de dois países. Um é a ilha de fantasia criada e amplamente defendida pela classe econômica no afã de conter a inflação e o outro, é a nossa realidade, com trabalhadores com dificuldades de acesso ao crédito, diminuição do volume de produção industrial e desemprego, o que certamente e facilmente chegará as áreas de serviço e comércio.
Definitivamente, este não é o país que queremos e o que merecemos. Defendemos sim, a autonomia do Banco Central, mas não podemos admitir a desorganização da atual situação da economia nacional, afinal, nos momentos de crise internacional, o que salvou o país foi o incentivo ao consumo interno. O movimento sindical tem lutado, diuturnamente, para manter e até obter o aumento dos salários dos trabalhadores para que estes consumam e movimentem a economia do país.
E o que tem feito o Banco Central? Um desserviço à nossa economia. Se por um lado, estamos com a massa produtiva descendo de ladeira abaixo, existem setores que comemoram a inércia do governo diante do desmonte de nossa economia. O sistema financeiro agradece a medida e os especuladores comemoram, enquanto os trabalhadores aguardam que o governo resolva fazer alguma coisa pelo bem deste país.