A desaceleração registrada pelo setor farmacêutico no início deste ano foi sentida com mais força entre os medicamentos que não necessitam de prescrição médica.

A alta no volume de vendas dos remédios sem receitas passou de 13% no primeiro trimestre de 2014 para 7,2% até março deste ano, segundo a Abrafarma (associação de farmácias), com base em dados da IMS Health.

A freada foi mais brusca que a do setor em geral, cujo crescimento foi de 11,7% para 8,1% no mesmo período.

A crise econômica, que reduziu o nível de confiança e o poder de compra do consumidor, é um dos principais motivos para o cenário.

A baixa nas vendas atingiu principalmente produtos que são considerados menos essenciais no curto prazo, como itens de nutrição, vitaminas e dermocosméticos.

“Isso ocorreu com menos intensidade entre os medicamentos prescritos, principalmente os de uso contínuo”, diz Sérgio Mena Barreto, presidente da Abrafarma.

No grupo das grandes redes varejistas representadas pela entidade, o faturamento no primeiro trimestre de 2015 foi de R$ 8,24 bilhões, uma alta nominal de 10,4% em relação ao ano anterior.

Apesar do avanço ainda na casa de dois dígitos, ele foi inferior aos 16,7% computados de janeiro a março de 2014.

Fonte: Folha de S.Paulo