Desempenho fraco faz Brasil cair para 8ª posição entre maiores mercados. Nem lançamento do Windows 10 animou consumidores a comprar.
A venda de computadores no Brasil despencou 38% no segundo trimestre de 2015 em comparação ao mesmo período do ano passado, informou nesta segunda-feira (14) a IDC, consultoria que acompanha a comercialização de produtos no mundo da tecnologia.
Entre maio e junho, foram vendidas 1.637 milhão de unidades, 70% a consumidores finais e 30% para empresas. O resultado foi tão ruim fez o Brasil cair no ranking de maiores mercados e se tornar o 8ª, atrás dos Estados Unidos, China, Japão, Índia, Reino Unido, Alemanha e França.
Considerando o modelo de computador, queda nas vendas foi mais acentuada entre os desktops (de mesa). Caiu 41%, para 600 mil unidades. Entre os notebooks, o recuo foi de 37%, para 1.037 milhão de aparelhos.
Segundo analistas da IDC, a baixa entre os computadores deixou de ser somente uma migração dos consumidores rumo a smartphones e tablets e passou a ser um sinal da cautela diante da aquisição de quaisquer bens duráveis. O receio de comprar, diz a IDC, ocorre devido ao desemprego crescente, o baixo desempenho da economia brasileira e a menor confiança dos consumidores.
O lançamento do novo sistema operacional de computadores, o Windows 10, da Microsoft, conseguiu animar os compradores. O mesmo deve ocorrer com datas comerciais como a Black Friday. A IDC prevê que a venda de PCs em 2015 no Brasil deve ser de 7,4 milhões de unidades, uma queda de 29% em relação a 2014.
Em 2016, o desempenho deve ser ainda mais impactado, comenta a IDC, caso o Congresso aprove a Medida Provisória 690, que restabelece a cobrança cheia de PIS/COFINS para computadores, notebooks, tablets e smartphone. Isentos desde 2005, os aparelhos devem ter as alíquotas fixadas em 3,65%, para o PIS, e 9,25%, para o COFINS, segundo a proposta.