É de extrema importância fazermos comparações entre os benefícios existentes na CLT, Convenção Coletiva de Trabalho e Acordos Coletivos

 

Não podemos desanimar diante dos ataques desferidos pelo governo Michel Temer contra as entidades sindicais. Também precisamos acionar, cada vez mais, os nossos departamentos de imprensa para descontruir o discurso da grande imprensa, que trata desonestamente todos os sindicatos dos trabalhadores, alimentando a imagem errada de que os dirigentes sindicais não fazem nada em defesa da categoria.

Por outro  lado, essa lição de casa precisa ser feita por nós. É de grande importância mandar imprimir boletins e distribuir nas portas das empresas, além de destacar nos sites, redes sociais as ações que realizamos em prol da classe trabalhadora. É o antidoto contra as reportagens venenosas lançadas pela grande mídia, procurando mostrar que o sindicato não é importante, alimentando os desejos da CNI (Confederação Nacional da Indústria) de acabar com qualquer tipo de defesa do trabalhador.

É de extrema importância fazermos comparações entre os benefícios existentes na CLT, Convenção Coletiva de Trabalho e Acordos Coletivos. É bom o trabalhador visualizar isto, num informativo bem feito e explicativo, para entender que sem o apoio dos sindicatos ele não teria muitos benefícios. Exemplo disso é a licença maternidade, hoje transformada em Lei Federal, que nasceu de uma proposta feita pelo Sindiquímicos Guarulhos no início da década de 1970. Quantos trabalhadores sabem disso? Não foi presente do governo, nem das empresas.

Ações sociais

O 13º salário é outra conquista fruto de greve desde 1952, até o governo federal transformar em Lei, em 1963, e todas as empresas, dos mais variados ramos, faz este pagamento aos seus funcionários. Curioso que o grupo Globo, do qual faz parte hoje a emissora de televisão que tanto ataca o sindicalismo, fez campanha contra o 13º salário, escrevendo diversas reportagens, onde afirmava que as empresas não teriam condições de arcar com mais um salário pago aos trabalhadores.

 

Devemos mostrar as nossas ações e são muitas. Em algumas regiões do Brasil, o sindicato é quem ajuda o ministério do Trabalho na fiscalização contra maus patrões. Também realizam ações sociais para beneficiar a população. No ano de 2005, por exemplo, o governo federal pretendia construir uma 3ª pista no Aeroporto Internacional de São Paulo, Guarulhos, no bairro de Cumbica. Essa obra iria afetar negativamente 5 mil famílias.

No início inexistia qualquer diálogo. Para saciar a fome das grandes empreiteiras, pois os custos da obra, que incluía a construção de terminais de passageiros, atingiriam perto de R$ 3 bilhões, já computado os valores das indenizações imobiliárias. Trabalhadores de várias categorias procuram amparo no Sindiquímicos Guarulhos.

 

 

 

 

Projeto que o Sindiquímicos Guarulhos, por meio de estudos, não deixou sair do papel no ministério da Defesa e que iria prejudicar 5 mil famílias

3ª pista

Elaboramos um estudo e constatamos que seria inviável a construção desta 3ª pista, por causa da Serra da Cantareira ao lado esquerdo do aeroporto. Dois engenheiros aeronáuticos foram consultados e nos dirigimos até o ministério da Defesa em Brasília para apresentar nossos argumentos, junto com uma comissão de moradores. O então ministro Nelson Jobim entendeu nossos argumentos e essa obra faraônica não saiu do papel para o bem dessas 5 mil famílias, que não perderam seus imóveis construídos com muito sacrifício. Passados 12 anos, até hoje, os químicos de Guarulhos são lembrados por esse brilhante trabalho.

Em várias regiões do Brasil, os sindicatos realizam inúmeras ações a favor dos trabalhadores e da população em geral. Mas poucos publicam material jornalístico relatando este fato. Precisamos mostrar ao grande público tudo isso. Porque a grande imprensa irá fazer sempre o contrário. Denegrir a nossa imagem, batendo na mesma tecla de que não existe necessidade de sindicato numa negociação salarial.

Caros dirigentes, se com a nossa ajuda, existem empresas que prejudicam o trabalhador não recolhendo os encargos sociais, não investindo na prevenção de acidentes e desrespeitando a Justiça, imagine com aprovação dessa maligna reforma trabalhista? Qual chance terá um funcionário negociando com um patrão?  O mais provável é ser demitido, talvez até por justa causa, sob alguma alegação inventada pela empresa. Vamos manter a cabeça erguida e prosseguir na luta. Está em nossas mãos sermos vitoriosos ou derrotados. Particularmente eu prefiro o gosto doce da vitória e trabalho por isso todos os dias.