Em 2015, o valor acumulado da cesta básica aumentou em todas as 18 capitais onde o DIEESE – Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos – realizou mensalmente, durante todo o ano, a Pesquisa da Cesta Básica de Alimentos. As maiores altas foram registradas em Salvador (23,67%), Curitiba e Campo Grande (ambas com elevações de 22,78%), Aracaju (20,81%) e Porto Alegre (20,16%). As menores variações positivas ocorreram em Manaus (11,41%) e Goiânia (11,51%).

Em dezembro, o valor da cesta também subiu em todas as cidades. As maiores altas foram registradas em Belém (7,89%), Florianópolis (5,68%) e Fortaleza (5,58%). O maior custo do conjunto de bens alimentícios básicos foi apurado em Porto Alegre (R$ 418,82), seguido de Florianópolis (R$ 414,12) e São Paulo (R$ 412,12). Os menores valores médios foram observados em Aracaju (R$ 296,82) e Natal (R$ 309,92).

Com base no total apurado para a cesta mais cara, a de Porto Alegre, e levando em consideração a determinação constitucional que estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para suprir as despesas de um trabalhador e sua família com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, o DIEESE estima mensalmente o valor do salário mínimo necessário.

Em dezembro de 2015, o salário mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas deveria equivaler a R$ 3.518,51 ou 4,47 vezes o mínimo em vigor, de R$ 788,00. Em novembro, o mínimo necessário era menor, de R$ 3.399,22, ou 4,10 vezes o piso vigente. O valor também era mais baixo em dezembro de 2014, e correspondia a R$ 2.975,55, ou 4,04 vezes o mínimo da época (R$ 724,00).