Os trabalhadores da Imbel, Marcos Sávio Venâncio, Paulo Henrique Gonçalves, Vanderson Silva Domingues e Jeferson Pinto Ferreira foram demitidos recentemente por justa causa numa postura arbitrária e unilateral da fábrica da Imbel em Piquete (SP). Todos diretores no Sindicato dos Químicos de Lorena (SP). Segundo o advogado da FEQUIMFAR (Federação dos Trabalhadores nas Indústrias Químicas e Farmacêuticas do Est. de SP) e assessor jurídico na CNTQ (Confederação Nacional dos Trabalhadores no Ramo Químico), Cesar Augusto de Mello, a Imbel alega que os funcionários foram demitidos por prática sindical.

 

 

“Ou seja, eles perderam o emprego porque denunciavam via sindicato as arbitrariedades cometidas no interior daquela empresa. Também participavam das mobilizações durante campanha salarial. Caso fossem cordeirinhos, abaixando a cabeça para a truculência da Imbel, em tese, teria permanecido no trabalho”, disse.

O presidente da CNTQ e do Sindiquímicos Guarulhos, Antonio Silvan Oliveira, informou que através de nota de repúdio ministro da Defesa, Aldo Rebelo, será comunicado sobre a atitude truculenta da administração da fábrica da Imbel em Piquete (SP), a respeito da demissão dos quatro dirigentes sindicais. “Vivemos numa democracia, onde não existe espaço para este tipo postura, típicas de regimes ditatoriais”, explicou.

Segundo a diretora do Sindicato dos Metalúrgicos de Itajubá (MG), Renata França, na unidade da Imbel desta cidade, são punidos trabalhadores sindicalizados e sindicalistas. “Um companheiro foi à reunião de negociação em Brasília e levou 10 dias de suspensão, a empresa não respeita decisão de assembleia, cortaram o café da manhã, retiraram o seguro de vida e vários benefícios que eram direitos adquiridos. A Imbel quer impor um regime militar para os trabalhadores”, disse.

O Dr. Cesar Augusto de Mello vai entrar com ação no Ministério Público do Trabalho, para readmissão dos quatro funcionários demitidos da Imbel em Piquete/SP, além de exigir indenização por dano moral. “Fizeram uma sindicância e justificaram que eles não tinham estabilidade. Mas isso após vários anos de empresa? Algo está errado nesta história e cobraremos tudo isso na Justiça do Trabalho, por causa desta atitude arbitrária”, finalizou.

Fonte: Luís Alberto Alves/Comunicação CNTQ