A “máfia das próteses” na saúde foi alvo de reportagem do “Fantástico” no domingo, dia 04 de setembro. Um repórter se passou por médico viajando por cinco estados para flagrar as negociatas de empresas fornecedoras de próteses oferendo dinheiro para que médicos usem os seus produtos. A matéria fala de produtos desnecessários, com validade vencida e de gordas comissões a médicos envolvidos na falcatrua. Matéria pode ser acessada no link: http://g1.globo.com/fantastico/noticia/2015/01/mafia-das-proteses-coloca-vidas-em-risco-com-cirurgias-desnecessarias.html

Mas qual órgão público irá defender os segurados da Previdência Social que sofrem  acidentes de trabalho e em virtude de lesões ou amputações necessitam do fornecimento regular da prótese para a vida social e profissional?

Suspeita-se que este mesmo tipo de associação criminosa entre fornecedores de próteses e INSS de Osasco lesava os recursos da Previdência. Mas em vez de solucionar o escândalo, fazendo devolver recursos desviados e colocando na cadeia os responsáveis, a Previdência Social continua negando um direito básico a quem precisa e que está previsto nos artigos 89 e 90 da Lei 8.213/91.

O segurado Evanilso Vieira de Souza não conseguiu reaver a prótese que tem direito, em decorrência da amputa de antebraço, apesar de estar aguardando há quase dois anos. Sua via crucis foi documentada no boletim OI Operário Inteiro no final do ano passado. Nos últimos dias o assunto voltou à tona no site da Confederação Nacional dos Metalúrgicos, nos Jornal Página Zero e Jornal Diário da Região, relatório do IV Congresso Internacional de Ciências do Trabalho, Meio Ambiente e Saúde, Jornal Visão Trabalhista, entre outros.

O segurado já procurou a Advocacia Geral da União – Seccional Osasco, para relatar seu drama e voltou várias vezes à Agência da Previdência Social de Osasco, mas continua desrespeitado. Ele depende da prótese para continuar a trabalhar na mesma empresa em que trabalha há 16 anos.