Não existe melhor meio de ganhar dinheiro no Brasil, do que uma empresa que ofereça cartão de crédito, com a conversa fiada de que os juros são baixos. Mentira! Segundo cálculos da Anefac (Associação Nacional dos Executivo de Finanças e Contabilidade), de janeiro/2021 a junho/2023, o Banco Central elevou a taxa básica de juros Selic em 11,75 pontos percentuais, com elevação de 587,50%) de 2,00% ao ano em janeiro /2021 para 13,75% a partir de 03 de agosto de 2022 até julho de 2023.
Neste período, a taxa de juros média para pessoa física apresentou elevação de 33,64 pontos percentuais (elevação de 36,33%) de 92,59% ao ano em janeiro/2021 para 126,23% ao ano em junho de 2023.
Já no cartão de crédito, os juros são absurdos. Em 2021, os juros nesta modalidade atingiram 257,10%. Em 2022 subiram para 427,26%, com elevação de 170,16% pontos percentuais. Os juros no cheque especial em 2021 atingiram 127,76%. Em 2022 chegaram a 156,90%, com elevação de 29,14%.
Absurdo – Quando o Copom coloca a Selic em 13,25%, o absurdo continua, com o Brasil cobrando a maior taxa de juros do mundo. Enquanto isto não existe categoria de trabalhadores que tenha um reajuste deste porte. Nem os políticos conseguiram 170,16% de aumento salarial. É vergonhoso o governo não se esforçar para que o Banco Central reduza os juros para patamares civilizados.
Selic – Em 5 de agosto de 2020, a Selic estava em 2,00% ao ano. Em 4 de agosto de 2021, ela chegou a 5,25%. No dia 2 de fevereiro de 2022 chegou a 10,75%, em 16 de março de 2022 atingiu 11,75%, em 4 de maio de 2022 chegou a 12,75%, no dia 15 de junho de 2022 subiu para 13,25% e a partir de 3 de agosto de 2022 cravou 13,75% até agosto de 2023, quando o Copom resolveu baixar para 13,25%.
Opinião do SindiQuímicos Guarulhos
Já faz muito tempo que nós criticamos a absurda taxa de juros cobrada no Brasil. É um assalto ao bolso do trabalhador e do empresariado que ainda aposta nesta Nação gerando emprego debaixo de verdadeira tempestade de taxas e impostos.
Para não dizer que estamos criticando apenas por criticar, em 5 de agosto de 2020, a taxa Selic estava em 2,00% ao ANO! No ano seguinte, em 4 de agosto de 2021, ela subiu para 5,25%! E quando chegou em 2 de fevereiro de 2022 já estava em 10,75%.
Qual a justificava para tamanho absurdo? A velha desculpa de combater o consumo para não explodir a inflação. É igual a história do médico que recomendou que o paciente fizesse rigoroso regime, sem nenhuma alternativa para equilibrar a dieta. Ele perdeu muito peso, mas morreu pouco tempo depois.
O Banco Central precisa se espelhar nos países mais ricos deste mundo, onde a taxa de juros é baixa e eles mantêm a inflação sob controle, tem consumo responsável e não existe essa loucura de dificultar a vida dos empregadores e facilitar a dos agiotas profissionais, que continuam ganhando dinheiro sem fazer nenhum esforço.
Antonio Silvan Oliveira, presidente do SindiQuímicos Guarulhos e da CNTQ.