Governador desconhece que o coquetel Anti Aids, importante para a sobrevivência de pessoas soropositivas, é distribuído GRATUITAMENTE pelo SUS (Sistema Único de Saúde).

De acordo com o presidente do SindiQuímicos Guarulhos e da CNTQ (Confederação Nacional dos Trabalhadores no Ramo Químico), Antonio Silvan Oliveira, manter a Furp em pleno desenvolvimento e garantir a manutenção dos postos de trabalho é uma luta travada pelo SindiQuímicos há vários anos.

Todo governo de direita tem o mesmo triste hábito: vender estatais importantes ao Estado para prejudicar a população, principalmente a de baixa renda. Na gestão do governador tucano João Doria ele tentou vender diversas estatais paulistas. O auge de sua loucura foi oferecer a “preço de banana” a Furp (Fundação para o Remédio Popular), fabricante do coquetel Anti-Aids, responsável pela sobrevivência de diversas pessoas soropositivas.

No início deste mês de abril, segundo a revista Veja, durante jantar com deputados da base, o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) avisou que a Furp vai entrar lista de privatizações. Ele alegou que os medicamentos produzidos pela Furp custariam até quatros vezes o valor de mercado. Como vive desinformado, Tarcísio de Freitas desconhece que o coquetel Anti Aids, importante para a sobrevivência de pessoas soropositivas, é distribuído GRATUITAMENTE pelo SUS (Sistema Único de Saúde).

imagem: www.furp.sp.gov.br

Ele desconhece também que das linhas de produção da Furp saem 82 itens de medicamentos para abastecer hospitais e postos de saúde do Estado e dos 645 municípios de São Paulo. Calcula-se que os remédios fabricados pela Furp sejam mais de 2.000% mais baratos que os vendidos nas farmácias. Exemplo disto ocorre com anti-hipertensivo Captopril, produzido pela Furp e o Capotem, da Bristol-Myers Squibb. Ou seja, é mentiroso o argumento do governador Tarcísio de Freitas de que os medicamentos produzidos pela Furp sejam quatro vezes mais caros do que o valor de mercado.

Produção – O segredo da Furp é investimento em embalagens simples, além da isenção da cobrança de ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) sobre a venda do produto. Mesmo vendendo medicamento mais barato, a Furp ainda tem margem de lucro de 12%, cujo valor é reinvestido na produção.

Com capacidade de produzir aproximadamente 2 bilhões de medicamentos por ano, a Furp segue desenvolvendo estudos de viabilidade e fabricando vários tipos de remédios, mesmo enfrentando o boicote de inúmeros governantes que estiveram no comando do Estado de SP, que relutaram e relutam em fazer qualquer tipo de investimento neste importante laboratório, com planta em Guarulhos e filial no interior, na cidade de Américo Brasiliense.