A pouco de um mês para o término, podemos afirmar que o ano de 2018 foi intenso. Não esmorecemos e nem tão pouco acabamos, como muitos anunciavam e era a grande torcida do Governo Federal. Seguimos coesos e fortalecidos.

Não dá também para falarmos em facilidades. Este foi um ano de trabalho intenso em que reafirmamos a proximidade com os trabalhadores de nossa base. Foram longas batalhas com questionamentos de direitos e igualdade de oportunidade. Isso sem falar nas inúmeras tentativas de desqualificar décadas de conquistas e diálogo na Relação Capital X Trabalho com a importante participação e protagonismo do movimento sindical.
Recentemente, saímos, Sindicato, Confederação Nacional dos Trabalhadores no Ramo Químico – CNTQ e FEQUIMFAR, ainda mais fortalecidos de uma Campanha Social e Econômica em que os trabalhadores do setor Químico asseguraram direitos em Convenção Coletiva de Trabalho, como a reposição da inflação dos últimos 12 meses e manutenção de cláusulas sociais já conquistadas com validade por 2 anos.

E é neste cenário que temos buscado nos manter unidos contra a Reforma Trabalhista, que aprovada a toque de caixa pelo Congresso, um ano depois, não gerou os empregos esperados, ou melhor, propagados e prometidos pelo Governo e Congresso.

Neste período, o total de desempregados teve redução mínima – são 12 milhões de desocupados, o que coloca em xeque o argumento de que era necessário modernizar a CLT para manter e gerar empregos no País. O que se viu foi a ampliação do trabalho autônomo, intermitente, temporário e terceirizado. A nova Reforma também fez cair o número de ações na justiça.
O que nos leva constatar, com preocupação, que décadas de diálogo e fortalecimento das relações entre Capital X Trabalho, estão sendo desconstituídas.

Sem mencionar as ameaças aos direitos, a nova Reforma coloca também o reconhecimento profissional de escanteio.

Mas enfim, seguimos trabalhando por nossa categoria e em ampla sintonia com a CNTQ, FEQUIMFAR, Força Sindical Nacional, Estadual e Regional. As discussões dos direitos dos trabalhadores estão na pauta em todos os âmbitos da nossa sociedade e para compor a agenda e fazer valer os nossos direitos, temos representantes sindicais agindo em todas às frentes.

Se não bastassem os enfrentamentos diários e incessantes pelos direitos da Classe trabalhadora, o pleito eleitoral nos trouxe ainda mais incertezas. Afinal, em meio ao clima de ódio e intolerância que se criou, o futuro do trabalho e a ameaça aos direitos adquiridos em anos de luta davam peso na escolha presidencial.

Enfim, escolha feita nas urnas. Eleito Jair Bolsonaro. E agora, o que esperar do futuro? O futuro sinaliza dias mais difíceis. Nossa luta continua. Com mais questionamentos de direitos, da Democracia, da igualdade, entre outros. A luta agora ganha novos elementos.
Seguimos fortes e coesos contra a tão mal fadada Reforma da Previdência e pelo respeito aos direitos trabalhistas, direitos individuais, às diferenças, à imprensa livre, etc.

Os direitos dos trabalhadores foram destituídos pela Reforma Trabalhista e é nesse momento, que, o Ministério deveria estar sendo fortalecido com a ampliação do quadro de funcionários, essencialmente no setor de fiscalização na área de saúde do trabalho para que tenhamos assegurada a melhor condição de trabalho. Neste momento a discussão tem que ser pela manutenção da Pasta com a reformulação da política deste Ministério para que efetivamente ele cumpra o papel quando de sua criação que é possibilitar meios e condições para a garantia de um ambiente de trabalho seguro e salubre com respeito a legislação e proteção ao trabalho.

De nada vai adiantar manter o Ministério do Trabalho com a formatação atual, enfraquecido de forma proposital pelo Governo Temer nos últimos anos, com exceção do Governo Lula, que em seus oito anos de gestão, incluiu pautas relevantes nesta Pasta, entre elas, a política de ampliação do salário mínimo nacional e amplamente negociada com os representantes dos trabalhadores. Esta conquista possibilitou que todos os trabalhadores e o País, como um todo, fossem beneficiados, assim como o Capital, pois houve uma grande movimentação econômica.

Nós, do movimento sindical (Sindicatos, Confederação, Federação, Centrais Sindicais), prosseguiremos cumprindo nosso papel histórico e institucional, que é o de representar a classe trabalhadora e sua luta por emprego decente, por uma aposentadoria justa, pela retomada do crescimento e desenvolvimento social e econômico com oportunidade para todos.

Vamos à luta que os novos tempos pedem coragem e unidade.