Servidores públicos federais e MTST criticam medidas do ajuste fiscal e comerciários fazem passeata em São Paulo por reajuste de salários

Servidores públicos federais, representantes do movimento dos sem-teto e comerciários do Estado de São Paulo convocaram paralisações e protestos em várias regiões do País para esta quarta-feira, 23. Na pauta das manifestações estão críticas a medidas do ajuste fiscal e reivindicações de reajuste salarial.

Os funcionários públicos federais marcaram uma greve geral contra a decisão do governo de congelar por sete meses o reajuste dos salários da categoria. A medida, segundo o Executivo, vai economizar R$ 7 bilhões aos cofres públicos.

Segundo a Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef), haverá greve em todo o serviço público com manifestações nas ruas. Em Brasília, manifestantes devem se reunir em frente ao prédio do Ministério da Fazenda. A Condsef reúne 36 sindicatos que representam 80% dos servidores do Executivo.

Pela estimativa da Condsef, cerca de 100 mil servidores públicos – dos 850 mil do Executivo – estão em greve atualmente. De acordo com o Ministério do Planejamento, a maior parte dos grevistas está lotada nas 56 universidades federais. Entidades sindicais dos técnicos administrativos, dos docentes e dos servidores federais da educação básica dessas instituições estão em greve há mais de 100 dias, em alguns casos. Já os servidores do INSS estão em greve há mais de 70 dias.

O Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST) também convocou manifestações pelo País contra as medidas do ajuste fiscal, principalmente contra os cortes no programa habitacional Minha Casa Minha Vida. O movimento anunciou que irá mobilizar milhares de pessoas em mais de dez capitais do País.

Já os comerciários do Estado de São Paulo farão uma passeata nesta quarta-feira para cobrar reajuste salarial e benefícios para a categoria. A passeata está marcada para sair às 10h da Avenida Paulista na região do Masp e seguir para o prédio da FecomercioSP, na Rua Plínio Barreto, na Bela Vista.

Fonte: O Estado de S.Paulo