Petista comandará a nova pasta do Trabalho e da Previdência Social.
Antes, ele comandou a Secretaria-Geral e o Desenvolvimento Agrário.

Miguel Rossetto foi anunciado nesta sexta-feira (2) pela presidente Dilma Rousseff como o novo ministro das pastas de Trabalho e Previdência, unificadas em um ministério após reforma do governo.

No final de 2014, Rossetto assumiu como o novo ministro da Secretaria-Geral da Presidência. Desde março daquele ano, ele chefia o Ministério do Desenvolvimento Agrário, pasta que comandou entre 2003 e 2006, durante o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Natural do Rio Grande do Sul, Rossetto, 53 anos, já havia confirmado no último dia 18 que assumiria o Secretária-Geral e afirmou, inclusive, que já havia iniciado o processo de transição com o atual ministro da pasta, Gilberto Carvalho.

Nas eleições deste ano, ele se licenciou do Ministério do Desenvolvimento Agrário no início de setembro para assumir a coordenação da campanha à reeleição de Dilma. Rossetto retornou ao comando da pasta após o segundo turno da eleição.

Na campanha, ele atuou na definição de estratégias para enfrentar eventuais ataques de adversários da presidente na corrida pelo Palácio do Planalto. Dilma e Rossetto trabalharam juntos no governo gaúcho durante a gestão de Olívio Dutra (1999-2002). À época, ele era vice-governador do Estado e ela comandava a Secretaria de Minas, Energia e Telecomunicações. Mais tarde, os dois voltaram a ser colegas no governo Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2010).

Um dos fundadores do PT, Miguel Rossetto integrou a primeira executiva nacional do partido, em 1979. Iniciou sua militância política na década de 1970, organizando a oposição ao Sindicato dos Metalúrgicos de São Leopoldo (RS) e, entre 1986 e 1992, presidiu o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias do Polo Petroquímico de Triunfo (RS). Também integrou a executiva estadual da Central Única dos Trabalhadores (CUT).

Em 1982, foi candidato a deputado estadual, mas apenas em 1996, conseguiu se eleger para um mandato de deputado federal pelo Rio Grande do Sul. Em 1998, foi eleito vice-governador do estado, na chapa encabeçada por Olívio Dutra. Na gestão seguinte, foi candidato a vice de Tarso Genro, mas os dois acabaram perdendo a eleição.

A convite de Lula, assumiu o Ministério do Desenvolvimento Agrário em 2003. Rossetto ficou no comando da pasta até 2006, quando se desligou para concorrer a uma vaga no Senado, mas acabou derrotado.  Em 2009, assumiu a presidência da Petrobras Biocombustível, cargo em que permaneceu até retornar ao Ministério do Desenvolvimento Agrário em março deste ano.