Para atender à demanda por mais moradias populares e revitalização do centro da cidade de São Paulo, o governo do Estado prepara mais duas PPPs (parcerias público-privadas).

Um dos projetos, que sairá até dezembro, será para cerca de 4 mil unidades -um segundo lote de terrenos no centro paulistano.

A outra PPP, no valor de cerca de R$ 1 bilhão, será para a construção de 10 mil unidades e gerará receitas, como as de um polo logístico e comércio.

Localizada na Fazenda Albor, uma área de 2,7 milhões m2 da CDHU em Guarulhos, Arujá e Itaquaquecetuba, será a primeira PPP na região metropolitana.

O programa prevê que ao menos 7 mil habitações de interesse social (HIS -para quem tem renda de até seis salários mínimos) e cerca de 3 mil habitações de mercado popular (HMP -até dez salários mínimos).

O governo entrará com o terreno. A parceria envolverá ainda a manutenção predial e a administração do condomínio por vinte anos, custeados pelo Estado como contraprestação.

“A primeira PPP (do lote 1, já assinada) deu uma contraprestação anual do Estado de R$ 80 milhões. O privado vai colocar R$ 900 milhões nos primeiros cinco anos para fazer 3.683 unidades”, diz o secretário estadual de Habitação, Rodrigo Garcia.

“Na PPP de Guarulhos, que terá mais moradias, a contraparte do Estado será menor, estimada em R$ 30 milhões, por poder gerar mais receitas”, afirma.

O plano para a cidade de São Paulo é de 14 mil moradias, sendo 9 mil para HIS e 5 mil para HMP, segundo ele. “Os projetos estão despertando o interesse de empresa que não trabalhava com o setor público.” A secretaria avalia ainda PPPs em áreas de mananciais e em Campinas.

Fonte: Folha de S.Paulo