Assina SilvanQue o Brasil é um país díspar todo mundo concorda. Todo mundo concorda também que hoje, o Brasil está meio que sem rumo.
Em meio a crise política e econômica, com uma alta de juros desenfreada, uma inflação para lá de galopante, consumo interno prejudicado, o fantasma do desemprego rondando os trabalhadores, a solução para os nossos problemas seria manter ativo e em pleno funcionamento, o setor de exportação.
Afinal, a exportação em expansão é sinônimo de produtividade, alta do emprego, entre outras benesses à nossa economia e desenvolvimento.
Mas diferente da expectativa, este setor parece que caminha a margem de nossas decisões. Ao que parece e as recentes notícias dão conta, há países que estão debandando da ALCA – Área de Livre Comércio das Américas, portanto há acordos e mercados que estão sendo constituídos e o Brasil está fora das discussões.
E esta inércia, ou inoperância por parte do governo, se assim preferem chamar, gera uma significativa redução na massa salarial, o que impacta negativamente o mercado.
Diante desta catástrofe anunciada, assistimos ao declive de nossa economia.
Em meio a esta crise econômica, o que parece que ganha força mesmo é a onda de crescente denúncia contra o governo federal representado pela Sra. Dilma Rousseff e o presidente da Câmara, Eduardo Cunha. A lista de denúncia é enorme e a fim de atenuar mais o problema, a presidente Dilma foi ao ataque. E a novela Cunha e seus atos de corrupções ganharam ingredientes para lá de empolgantes que vão desde o seu envolvimento com a operação Lava Jato até chegar agora nas contas secretas na Suíça.
Tentando se safar das inúmeras acusações, Cunha já criticou a Polícia Federal, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, e chegou a romper com a presidente Dilma Rousseff (PT) após acusação de receber propina.
Em meio a todas estas acusações e as inúmeras tratativas para escapar delas, o que parece ganhar força mesmo é que há um grande acordo entre a presidente Dilma e Eduardo Cunha.
O acordo, segundo apostas, visa salvar a pele dos dois. Afinal, as denúncias que envolvem o presidente da Câmara comprometem e tendem a respingar na imagem do Legislativo, bem como na imagem da presidente Dilma.
Se há acordo ou não, ainda não sabemos, o que se sabe por enquanto é que são apenas boatos. Boatos estes que parecem agradar os grandes especuladores deste país que lucram e muito com os juros altos e uma inflação desenfreada.
Na contramão deste “fogo amigo” a pergunta recorrente é: E o empresário e investidor comprometido com o futuro deste país, faz o quê? Quais são as perspectivas futuras para o seu negócio? O que esperar deste país? Sem dúvida, há algo estranho acontecendo neste país, mas para variar, nem o empresário comprometido e nem mesmo o trabalhador podem arcar com as suas conseqüências.
Que possamos ter um 2016 com mais entusiasmo e melhores dias com a retomada dos investimentos e a redução dos juros e, consequentemente, das especulações.
Em nome da diretoria agradeço a todos os trabalhadores da categoria, funcionários e parceiros por somar esforços na defesa dos direitos trabalhistas durante o ano que se finda. Quero desejar um bom Natal a todas as famílias e que o espírito natalino reine em todos os lares. Feliz 2016!