A GM dará férias coletivas a 16.650 funcionários de cinco unidades do país, paralisando a produção de veículos como Cruze, Spin, Cobalt e Montana.
Segundo a empresa, o objetivo é ajustar o volume de produção à atual demanda do mercado.
A medida atinge São Caetano do Sul, São José dos Campos, Mogi das Cruzes, Gravataí (RS) e Joinville (SC).
As primeiras unidades a suspender as atividades serão as de São Caetano e Mogi, de hoje ao dia 28.
Em São Caetano, de um total de 10.500 empregados, 5.000 metalúrgicos já estavam desde o dia 1º em “folgas compulsórias” (day-off, sistema em que o trabalhador desconta banco de horas ou fica em débito e repõe as horas quando o ritmo de produção aumentar). Segundo o sindicato, eles entrarão em férias coletivas.
Outros 1.387 estão com o contrato de trabalho temporariamente suspenso (lay-off). Em Mogi, serão atingidos os 750 empregados, diz o sindicato.
O maior contingente em férias coletivas é o da fábrica de Gravataí –9.000–, que produz Onix, Celta e Prisma. É onde o temor de demissões também é maior. “Ninguém sabe o que virá depois. Será que 15 dias parados é tempo suficiente para não haver demissões?”, diz Gualberto Cetrulo, do sindicato dos metalúrgicos local.
Dados da associação de fabricantes (Anfavea) mostram que as vendas de veículos novos caíram 20,9% de janeiro a maio, registrando o menor volume em oito anos.
Além da GM, a Volks deu férias coletivas de dez dias em maio e parará a produção na próxima sexta (12). A Scania ficou parada todas as segundas de maio e vai parar também na sexta. De 29 de junho a 8 de julho, dará férias coletivas aos 2.000 funcionários.
Já na Mercedes, as férias coletivas iniciadas no último dia 1º terminarão no dia 15.
Na unidade da Bahia da Ford, os funcionários ficaram parados de 25 de maio até o dia 3. Em Goiás, a fábrica da Hyundai, para de 8 a 22 de junho, e a Mitsubishi retoma os trabalhos nesta quinta (11), após três dias parada.