A geração de energia eólica aumentou 55% no primeiro semestre deste ano, em comparação com os mesmos meses de 2015, segundo a CCEE (câmara de comercialização de energia).

O resultado está ligado à ampliação da capacidade instalada da fonte energética no sistema nacional, que terminou o período com um crescimento de 50% em relação ao ano passado.

Atualmente, são 399 usinas geradoras, com capacidade de 9,98 GW —com a inclusão dos centros em construção, o número terá um incremento de 8,4 GW.

“Da energia contratada a partir de 2009, quando participamos do primeiro leilão, 45% veio da fonte eólica, o que representa cerca de 15 GW no total”, afirma Elbia Gannoum, presidente da Abeeólica, entidade do setor.

Em relação ao sistema energético como um todo, a participação da geração eólica média chegou a 4,6%, contra 3% do ano anterior.

“Ainda é uma capacidade pequena frente à energia térmica e hidrelétrica, mas é uma fonte que se consolidou, comprovou que é operacional e economicamente viável”, avalia Rui Altieri, presidente da câmara.

O Piauí teve a maior taxa de aumento de geração: foi de 33,46 MW médios no ano passado para 252,77 MW médios em 2016.

O Rio Grande do Norte ainda lidera entre os Estados geradores, com 911 MW médios, seguido por Bahia (599 MW), Rio Grande do Sul (479 MW) e Ceará (456 MW).

Chamado ao novo

A Embrapii (de pesquisa e desenvolvimento) deverá anunciar em setembro sua próxima convocatória para parcerias com laboratórios de pesquisa.

Do R$ 1,5 bilhão reservado a esse tipo de convênio, R$ 300 milhões foram destinados desde 2014.

“A próxima chamada foi aprovada pelo conselho, resta apenas definir quais setores serão mais contemplados”, afirma o diretor-presidente, Jorge Almeida Guimarães.

Entre eles, devem estar a indústria química, a farmacêutica e de alimentos.

Nesta sexta-feira (26), a empresa assina uma parceria desse gênero, com a Escola Politécnica da USP, onde serão investidos R$ 30 milhões em projetos de construção civil, em um prazo de seis anos.

Os recursos serão divididos com companhias do setor privado, que participarão da pesquisa.

O foco vão ser projetos de maior risco, que dificilmente as empresas bancariam sozinhas.