Um dos primeiros atos do Dia Nacional de Greve na Educação foi realizado pelos estudantes da Universidade Federal do Ceará (UFC) nesta quarta-feira (15). Por volta das 7h, eles ocuparam com cadeiras o cruzamento da Avenida da Universidade com a Avenida 13 de Maio, no bairro do Benfica, próximo à reitoria da UFC.

Com faixas e cartazes, os manifestantes reagem aos cortes de 30% no orçamento das universidades públicas e dos institutos federais anunciados pelo governo Bolsonaro. “Ou param com os cortes, ou paramos o Brasil”, gritavam. Logo em seguida, liberaram as vias.

Mais tarde, professores e trabalhadores da educação uniram-se aos trabalhadores na Praça da Bandeira e saíram em marcha pelo centro da capital cearense. “Doutor, eu não me engano, o Bolsonaro é miliciano”, cantavam, em ritmo de marchinha de carnaval. Grupos culturais da cidade, como o Maracutu Solar, também participam das manifestações. Segundo os organizadores, cerca de 100 mil pessoas participam da manifestação.

São Paulo
Estudantes da Universidade de São Paulo (USP) promoveram um “trancaço” na Avenida Francisco Morato, importante corredor da zona oeste próximo ao campus da Cidade Universitária, na capital paulista. Outro grupo realizou uma marcha pela Rua da Consolação, no centro. “Barricada, greve geral, ação direta que derruba o capital”, era o grito entoado pelos alunos.

 

Em adesão à Greve Nacional da Educação, trabalhadoras e trabalhadores do setor marcharam pelo centro de São Bernardo do Campo, onde criticaram as políticas de retrocessos de Bolsonaro e das gestões municipal e estadual de Bruno Covas e João Dória, ambos do PSDB.

 

No interior do estado estão sendo articulados protestos. Em Sorocaba, estudantes e profissionais da educação, mobilizados desde às 8h, fazem ato unificado com comunidades da Universidade de São Paulo (USP), Universidade Federal de São Paulo Carlos (Ufscar) e do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia São Paulo.

 

Em um ato também unificado com as instituições USP, UFsCar e IFSP, aproximadamente 15 mil pessoas estão nas ruas protestando contra os cortes na educação com apoio ainda de professores e demais profissionais das redes municipal e estadual de ensino. Em passeata no centro, os manifestantes preveem atividades até o final do dia. 

Com cartazes e faixas, alunos da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp)  estão indo às ruas do município para protestar contra os cortes da educação. Mais cedo, estudantes bloquearam uma das faixas da Avenida Guilherme Campos, que dá acesso aos campi da Unicamp e da Pontifícia Universidade Católica (PUC-Campinas).

Alunos da Universidade Estadual Paulista (Unesp) também protestam nesta manhã pelos campi em Jaboticabal, na região metropolitana de Ribeirão Preto, e em Presidente Prudente, entoando gritos como “Eu to na rua, não paro não, essa balbúrdia vai salvar a educação”.

Também ocorre protesto em São José dos Campos, onde entidades sindicais, junto com professores e estudantes se concentraram por volta das 10h30 na Praça Afonso Pena, na região central, e saíram em passeata pelo centro do município.

 

O conselho de reitores das universidades paulistas divulgaram nota em apoio ao movimento em defesa da educação.

 

Goiás

Estudantes da Universidade Federal de Goiás (UFG) também realizaram manifestações na cidade de Catalão. Em Anápolis, alunos e trabalhadores do Instituto Federal de Goiás (IFG) protestaram contra os cortes na Educação, segundo informações da Rádio Trabalhador.

Paraná

Desde o começo desta quarta, milhares de estudantes e professores fecharam dois campi da Universidade Federal do Paraná (UFPR), em Curitiba e Jandaia do Sul. Essa é a segunda mobilização que ocorre na capital paranaense desde que o corte foi anunciando quando, no último dia 8, a comunidade acadêmica repudiou a posição do MEC.

 

Distrito Federal

Cerca de 50 mil pessoas, estimados pelo Sindicato dos Professores (Sinpro-DF), fazem ato na Esplanada dos Ministérios, em Brasília. Estudantes da Universidade de Brasília (UNB), professores e servidores empunham cartazes e faixas contra os cortes na educação anunciados pelo governo federal. 

 

Rio de Janeiro

Na zona sul capital fluminense, professores, estudantes e trabalhadores realizam uma aula pública com o tema Uma Breve História da Educação Brasileira no Largo do Machado. Mesmo com chuva, os participantes se preparam para manifestação na Candelária, na região central.

Nos demais municípios do Rio, também estão sendo realizados protestos contra os cortes na educação e a “reforma” da Previdência em Angra dos Reis, Barra Mansa, Macaé e em frente à Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), onde o ato foi organizado por professores e estudantes da unidade técnico-científica da instituição.

Amazonas 

Em Manaus, centenas de pessoas manifestam-se em defesa da Universidade Federal do Amazonas (Ufam). O ato teve início às 7h e segue com caminhada dos estudantes e professores pela cidade. Às 15h, está previsto também um protesto contra os cortes na educação na Praça do Congresso.

Bahia

Em Salvador, estudantes da Universidade Federal da Bahia também se manifestam contra os cortes na educação e citam, em especial, os ataques do presidente Bolsonaro às áreas de sociologia e filosofia.

 

Piauí

Em Teresina, alunos, professores e representantes de movimentos sociais percorrerem, desde às 08h, as ruas do centro da capital piauiense em defesa da Universidade Federal do Piauí (UFPI) e do Instituto Federal do Piauí (IFPI). O ato teve início em frente ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e caminha até a Avenida Frei Serafim.

Paraíba 

Em João Pessoa, na Paraíba, mais de 10 mil pessoas participam das  das mobilizações. Eles se concentraram no Lyceu Paraibano saíram em marcha até o Ponto Cem Reis, onde ocorrerá um ato político.

 

Pará

Em Belém, no Pará, manifestantes que se concentraram na Praça da República, caminham pelas ruas da capital. “Educação não é mercadoria”, diz cartaz de um dos 16 mil que participam do protesto.

 

Alagoas

Estudantes e profissionais da educação também aderiram à greve geral do setor e realizam ato em frente ao Centro de Estudos e Pesquisas Aplicadas (Cepa), em Maceió. Além da defesa das universidades e institutos federais, o protesto também faz críticas à proposta de “reforma” da Previdência do governo de Jair Bolsonaro. (RBA)