Polígono industrial é compartilhado com a Coreia do Norte.
Medida prejudica e desacelera as operações no parque industrial.
O Ministério da Unificação em Seul explicou que, “por enquanto”, só permitirá que os empresários sul-coreanos envolvidos diretamente no funcionamento das fábricas do complexo industrial poderão entrar no local e não precisou durante quanto tempo esta medida ficará em vigor.
Um porta-voz do Ministério sul-coreano explicou para a agência de notícias “Yohnap” que uma vez que a ordem for ativada, apenas cerca de 100 sul-coreanos poderão entrar diariamente ou pernoitar em Kaesong, menos de 10% dos cerca de 1.200 que têm permissão para ter acesso a essas instalações.
A medida deixaria fora técnicos de maquinaria, pessoal de manutenção e outros operários, algo que prejudica e desacelera as operações no parque industrial.
A Coreia do Sul já tomou medidas como essa em outras ocasiões, e as implementou por aproximadamente um mês, quando seu vizinho realizou testes nucleares e de mísseis.
O complexo de Kaesong, situado em território norte-coreano, próximo da fronteira entre os dois países, foi aberto em 2004 como um símbolo dos avanços para a reconciliação das duas Coreias, que seguem tecnicamente em guerra, já que o conflito da década de 1950 foi encerrado com um cessar-fogo, e não com um tratado de paz.
Kaesong, que conta com 124 empresas sul-coreanas e 54 mil trabalhadores norte-coreanos, é uma importante fonte de receitas para a economia combalida da Coreia do Norte e, ao mesmo tempo, fornece mão de obra barata para os empresários do Sul.
A Coreia do Norte realizou na quarta-feira seu quarto teste nuclear e garantiu que detonou pela primeira vez uma bomba H, um artefato mais potente que os dispositivos utilizados em seus três testes anteriores.
A ação foi condenada por muitos governos ao redor do planeta e motivou uma reunião extraordinária do Conselho de Segurança da ONU para discutir novas sanções para o país asiático.
Ainda não foi confirmado se a Coreia do Norte conseguiu desenvolver e detonar com sucesso uma bomba de hidrogênio, mas muitos especialistas duvidam que o regime comunista tenha conseguido dominar a tecnologia de fusão termonuclear.