Na véspera, a moeda norte-americana caiu 1,07%, a R$ 3,819. Neste ano, a moeda americana já subiu 43,64%.
O dólar recuava sobre o real pelo segundo dia nesta quarta-feira (9), em meio ao bom humor nos mercados externos diante de nova alta da bolsa chinesa e movimentos de ajustes após as recentes e fortes valorizações, mas operadores evitavam fazer grandes apostas devido a preocupações com a situação política e econômica do Brasil.
“O apetite por risco está forte. O humor foi amparado por expectativas de estímulos fiscais na China”, escreveram analistas do Scotiabank em nota a clientes.
Preocupações com a desaceleração da segunda maior economia do mundo têm pesado sobre o ânimo nos mercados globais, afetando principalmente mercados emergentes. No entanto, as bolsas chinesas engataram o segundo avanço consecutivo nesta sessão, com investidores apostando em mais medidas de estímulo pelo governo local.
Com isso, o dólar também perdia terreno diante de algumas moedas de países emergentes, como os pesos chileno e mexicano.
No entanto, no Brasil, operadores continuavam adotando cautela, diante da avaliação de que a volta das turbulências financeiras é questão de tempo, em meio às perspectivas incertas para o reajuste das contas públicas e ao cenário político.
O reforço da intervenção do BC nesta semana, com realização de leilão de venda de dólares com compromisso de recompra na terça-feira, também permitia alguma acomodação da moeda norte-americana aqui.
Para esta sessão, no entanto, a autoridade monetária anunciou apenas a continuidade da rolagem dos swaps cambiais que vencem em outubro, com oferta de até 9,45 mil contratos, equivalentes a venda futura de dólares.
“O BC mostrou que está de olho. O mercado sabe que, se a coisa apertar, ele tem ferramentas para ajudar”, afirmou o superintendente de câmbio de uma corretora nacional.
Véspera
Na véspera, a moeda norte-americana caiu 1,07%, a R$ 3,819 para venda. Na mínima da sessão, a moeda norte-americana perdeu 2,1%, a R$ 3,7793. A queda ocorreu após o Banco Central aumentar sua intervenção no câmbio e em meio ao avanço das bolsas chinesas.
Neste ano, a moeda americana já subiu 43,64%. No mês, há alta acumulada de 5,29%.