Mercado repercute desaceleração na China e crise política no Brasil. Máxima da sessão ficou perto do maior valor desde março de 2003.
O dólar opera em forte alta nesta segunda-feira (24), aproximando-se das máximas em mais de 12 anos, em meio a renovadas preocupações com a desaceleração da economia da China e com a crise política no Brasil.
Às 9h50, a moeda norte-americana era cotada a R$ 3,5464, em alta de 1,44% ante o real. Veja cotação. Na máxima da sessão, já chegou a R$ 3,57, próximo dos R$ 3,5709 atingindos no último dia 6, maior pico intradia desde 5 de março de 2003 (R$ 3,58).
Às 9h18: subia 2,05%, a R$ 3,5676
A forte queda das bolsas asiáticas ocorre em meio à desaceleração da economia chinesa, apesar dos esforços das autoridades para tentar tranquilizar os investidores. A onda de contágio atingiu a Europa. As bolsas de Londres, Frankfurt, Paris, Madri e Milão operavam em baixas significativas no início da sessão.
No lado doméstico, o mercado repercutia ainda o relatório Focus, que traz previsão do mercado para o PIB de retração maior neste ano e em 2016.
Na sexta-feira (21) a divisa fechou em alta, refletindo o quadro de aversão ao risco nos mercados globais após a atividade no setor industrial da China recuar no maior ritmo em seis anos, a mais recente notícia que traz preocupação sobre a desaceleração da segunda maior economia do mundo. A moeda norte-americana encerrou a semana vendida a R$ 3,496, em alta de 1,05%.
Na semana passada, o dólar subiu 0,37%. No mês, a valorização acumulada é de 2,08%. Já no ano, a moeda dos EUA tem alta de 31,49% frente ao real.
Nesta manhã, o BC venderá até 11 mil contratos de swap cambial tradicional, que equivalem a venda futura de dólares, para a rolagem do lote que vence no próximo mês. Ao todo, o BC já rolou US$ 7,033 bilhões, ou cerca de 70% do total de US$ 10,027 bilhões e, se continuar neste ritmo, vai recolocar o todo o lote.