Os deputados da CPI da Petrobras estão em Curitiba e pretendem ouvir hoje o depoimento de Marcelo Odebrecht, presidente da empreiteira Odebrecht, preso em 19 de junho, na 14ª fase da Operação Lava-Jato.

Odebrecht já foi denunciado em ação penal que investiga a participação da empresa no cartel que fraudou licitações em estatais. A expectativa, no entanto, é que ele permaneça calado, como já fez diante da Polícia Federal.

Se optar pelo silêncio, Marcelo não será o primeiro preso a frustar os parlamentares. Nesta segunda-feira, o ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu, detido na 17 ª fase da Lava-Jato, permaneceu calado. Além de Dirceu, outros quatro presos também não falaram ontem, durante depoimento à CPI.

Além de Marcelo Odebrecht, serão ouvidos quatro ex-executivos da empresa: Márcio Faria , Rogério Santos de Araújo, César Ramos Rocha e Alexandrino de Allencar. Ainda está previsto o depoimento do ex-gerente da Petrobras Celso Araripe de Oliveira. Todos presos da 14ª fase da Operação Lava-Jato.

Na quarta-feira, estão previstas duas acareações: entre o publicitário Ricardo Hoffmann e Fernando de Moura, e entre presidente da Setal, Augusto Mendonça Neto, o ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque e o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto.

Esta é a segunda vez que os deputados vão à Curitiba para ouvir investigados na Operação Lava-Jato. A primeira vez foi em maio, quando foram ouvidos presos como o doleiro Alberto Youssef e Mário Goes, empresário acusado de ser um dos operadores do esquema de corrupção.

Fonte: Folha de S.Paulo