Químicos unidos no “Ocupa Brasília” para barrar as reformas – Agendado para o próximo dia 24 de maio, o movimento exige o fim da tramitação dos projetos que interferem na Previdência e nas leis trabalhistas. A categoria química, representada pelo Sindiquímicos, FEQUIMFAR e CNTQ e seus sindicatos filiados, se juntarão as demais categorias e movimentos sociais contra o desmonte do Governo.
“Os trabalhadores de todo o País precisam ficar atentos e intensificar a luta em defesa dos direitos trabalhistas e contra as reformas da Previdência e Trabalhistas e da Terceirização propostas pelo Governo. Caso sejam aprovadas, elas impactarão negativamente as condições de trabalho, a remuneração e representam sim, a precarização, assim como diminuirá o poder de compra. A Reforma trabalhista retira direitos e é retrocesso”, Antonio Silvan Oliveira, presidente do Sindiquímicos e CNTQ – Confederação Nacional dos Trabalhadores no Ramo Químico
É chegada a hora do trabalhador mostrar a sua indignação contra os desmandos do Governo e toda a preocupação com o futuro de seus filhos e de sua família.
Para se aposentar e assegurar os seus direitos, o Brasil tem ocupar Brasília! A classe trabalhadora vai à luta em todo o País! Junte-se a nós!
As centrais sindicais Força Sindical, CTB, CUT, UGT, Nova Central, Intersindical, CGTB e CSP-Conlutas realizarão, no dia 24, uma Marcha a Brasília em protesto contra as propostas de reformas trabalhista e previdenciária, que estão em tramitação no Congresso Nacional. As centrais estão se reunindo semanalmente para planejar a mobilização dos trabalhadores. Os dirigentes sindicais, após a definição do dia 24 de maio como a data da grande Marcha das Centrais a Brasília, discutiram a mobilização e a infraestrutura que será construída pelas centrais. A Marcha ocupará Brasília na semana da votação da PEC 287 (Previdência) pelo plenário da Câmara dos Deputados. “Queremos uma Previdência justa e sem privilégios”, diz Paulinho.
No dia 11, Paulinho fez um discurso no plenário do Senado, na Sessão Temática realizada para debater a reforma trabalhista. Ele disse que “o Senado precisa fazer reparos no Projeto de Lei da Câmara (PLC) 38/2017, a chamada reforma trabalhista, para corrigir equívocos impressionantes contidos na proposta.
Para Paulinho, entre os equívocos está a onda contra o movimento sindical, que enfraquece somente os sindicatos de trabalhadores ao permitir a criação de comissões no interior das empresas, nas quais os empresários poderão dar opiniões quanto à sua composição no intuito de fazer a livre negociação dos salários. Os sindicatos dos patrões não terão mudanças.
“Não posso dizer que não teve debate na Câmara. O relator ouviu, mas não atendeu às nossas reivindicações. Espero que o Senado faça os reparos necessários”, destacou o presidente da Força Sindical. Para Paulinho, o Senado precisa corrigir, senão vai destruir a organização dos trabalhadores, o que nem a ditadura conseguiu.
Paulinho lembrou, ainda, que todos falam que os sindicatos não servem para nada, mas eles negociam e aumentam os salários de sindicalizados ou não todos os anos. “Garantimos o mercado interno para fazer a economia girar”, disse.
Outros pontos citados pelo presidente da Força foram a contratação de PJs (Pessoa Jurídicas), o que reduzirá a formalização (contratação em carteira) e a arrecadação do governo; a jornada intermitente, que impõe pagamento de multa se o trabalhador não conseguir comparecer ao trabalho quando convocado; o pagamento de indenizações em espécie dentro das empresas; a possibilidade de acordo, com saque de uma parte dos recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), que vai minar o dinheiro do Fundo.