As Centrais Sindicais finalizam os detalhes para o Dia Nacional de Paralisação, marcado para 10 de novembro (sexta), véspera da entrada em vigor da Lei 13.467, da reforma trabalhista.
Na manhã de ontem (6), dirigentes de Confederações, Federações e Sindicatos ligados à Força Sindical se reuniram em São Paulo para definir os preparativos dos atos na base da Central.
Centrais – À tarde, as Centrais se reuniram na sede da CUT Nacional em São Paulo para ultimar os preparativos da manifestação, além de tratar de outros assuntos da conjuntura.
Nova Central – A entidade gravou uma série de vídeos nos quais seus dirigentes conclamam os filiados para a manifestação na Praça da Sé (SP), a partir das 9h30 desta sexta.
Servidores – Os organizadores tentam também agregar ao Protesto Nacional os Servidores Públicos, de diversos segmentos, agredidos por uma onda de ações dos governos estaduais e da União.
Orientação – “Estamos orientando manifestações nos locais de trabalho, mas sem perder o foco no ato unificado, na Praça da Sé”, disse à Agência Sindical o secretário-geral da Força, João Carlos Gonçalves (Juruna).
O objetivo do Dia Nacional de Luta em Defesa dos Direitos é fazer atos nos locais de trabalho, em todo o País, contra a reforma trabalhista de Temer, a Portaria que facilita o trabalho escravo e ainda a reforma previdenciária. Juruna diz: “As manifestações desta sexta serão uma preparação também para enfrentar a proposta de reforma da Previdência que vem sendo ventilada”. Os sindicalistas acreditam que o governo não desistirá de aprovar PEC 287/2016.
Construção – Para o presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Construção Civil de São Paulo, Antonio de Sousa Ramalho, os trabalhadores farão uma grande manifestação. “Nossa categoria vai participar de forma expressiva do ato. Se cada Sindicato fizer sua parte, teremos uma grande mobilização em todo o Brasil”, avalia.
Químicos – Sergio Luiz Leite (Serginho), presidente da Federação dos Químicos (Fequimfar), disse à Agência que a expectativa é de uma manifestação forte. “Vamos mobilizar os trabalhadores. É importante a participação de todos nessa luta. Essa lei que entra em vigor dia 11 vem pra acabar com direitos dos trabalhadores, além de atacar o movimento sindical”, ressalta.
Custeio – Serginho também lembrou que o sindicalismo busca para o problema do custeio. “O projeto do deputado Bebeto, que tramita na Câmara, pode ser uma saída. Mas é preciso articular muito bem para que ele seja aprovado”.
Frentistas – A Federação dos Frentistas do Estado de São Paulo decidiu concentrar na capital paulista a mobilização dos 16 Sindicatos filiados, cujas delegações chegarão na Praça da Sé em vans e ônibus a partir das 8 da manhã da sexta.