O objetivo é que medidas para que o País volte a crescer economicamente e gerar empregos sejam adotadas

Será realizada hoje, 27, a primeira reunião do Fórum Nacional Permanente do Desenvolvimento Produtivo, que discutirá propostas para eliminar gargalos de setores da economia. “O Fórum representa uma grande esperança para que o País volte a crescer e gerar empregos”, diz Paulo Pereira da Silva, Paulinho, presidente da Força Sindical, um grande incentivador da volta das Câmaras Setoriais, que há alguns anos cumpriam esse papel.

Participam do Fórum trabalhadores, empresários, governo e o Dieese. Na reunião será formatada a metodologia de trabalho. Técnicos do Dieese, do Ipea e do Ministério do Planejamento já discutiram temas-chaves de setores sugeridos, como diagnósticos, propostas de intervenção e possíveis soluções.

“Nosso interesse é buscar soluções para cadeias produtivas que gerem grande número de empregos e  influenciem positivamente outros setores”, afirma o secretário-geral João Carlos Gonçalves, Juruna, que participa do Fórum pela Força Sindical.

Paulinho citou como exemplo dois setores: o da construção pesada e o automotivo. “Quando o empresário comete crime, tem de ser preso, mas a empresa não pode fechar. Quando empresas fecham, milhares de trabalhadores perdem o emprego. O governo precisa fazer uma medida provisória e enviá-la ao Congresso para sanar o problema da leniência”, afirmou.

Sobre o setor automotivo, Paulinho lembrou que o presidente dos Metalúrgicos de São Paulo, Miguel Torres, e os Metalúrgicos do ABC, defendem a renovação da frota, mas o programa não anda.

O programa de renovação da frota foi uma proposta entregue ao governo por empresários, junto com os Metalúrgicos de São Paulo, pela CNTM (confederação nacional da categoria) e pelos metalúrgicos do ABC. Nosso objetivo é gerar empregos e obter contrapartidas socioambientais, como a redução de emissões e a eficiência energética, entre outras.

“No setor da construção pesada estamos caminhando para uma situação muito grave”, afirma Vilmar Gomes, presidente da federação nacional da categoria, acrescentando que não tem perspectivas de futuro. Segundo ele, são várias as obras paradas, como as da Petrobras. Outro problema que os trabalhadores enfrentam, além das demissões, é que as empresas não têm dinheiro para pagar as rescisões, ficando, assim, sem emprego e sem dinheiro”, destacou.