Para a aspirante a diretora e roteirista, a comunidade surda tem “outra cultura”, pouco compreendida pela maioria.“Eu não conhecia nenhum surdo antes. Mas agora quis fazer um filme todo em Libras. Em vez de ser acessível para eles, vai ter de ser acessível para a gente.”
Apesar de o curta ser totalmente idealizado por ela, Isabella já conta com a ajuda de 30 integrantes na equipe. A experiência prática difere do que ela aprendeu nas salas de aulas por ter de buscar ela mesma financiamento para tocar o projeto. Por mais que tenha arrecadado pela internet 12% a mais do que esperava, ela diz contar as moedas até para pagar o sanduíche do elenco no set de gravação.
“Acho que o dinheiro é o maior problema. Se eu fosse entrar pelo jeito tradicional, buscando financiamento público e patrocínio, ia ser ainda mais difícil”, contou. “Como é um filme de baixo orçamento, não estou pagando a equipe. Então eles têm a vida deles e não ficam só à disposição das filmagens, o que dificulta.”
Após o lançamento do filme e a entrega à banca universitária, Isabella Lima pretende inscrever o curta-metragem em uma série de festivais do Distrito Federal.